Preço dispara e sobe R$ 25/@ e pecuária tem ano de ouro!

Os preços da arroba tiveram um verdadeiro “ano de ouro”, com a nova onda de valorização, os preços tiveram uma alta de R$ 25/@ em poucos dias!

Os preços da arroba no dia de ontem, 29, seguiram a trajetória de alta no mercado, segundo apurado pela Equipe do Compre Rural. Segundo as informações obtidas, os preços subiram nas principais praças pecuárias do país, alcançando o patamar de R$ 275,66/@ nas praças paulistas. Confira agora!

Os compradores presentes no mercado do boi gordo na terça-feira (29/12) literalmente arregaçaram as mangas em busca de oferta de bovinos por causa da ausência dos vendedores no mercado e das escalas encurtando, segundo a Scot Consultoria.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 275,99/@, na terça-feira (30/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 264,91@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 256,02/@.

Segundo os dados divulgados pelo app, nosso parceiro, o mercado seguiu uma trajetória de alta e, nos últimos 14 dias do mês, os preços tiveram uma valorização de R$ 25,00/@, saindo de R$ 250,00 para R$ 275,00 nas praças paulistas, conforma aponta o gráfico abaixo.

Já o Indicador do Cepea, fechou o dia de ontem cotado a R$ 272,50, o que representa uma valorização de 2,21% na comparação diária. Lembrando que esse preço é à vista!

Segundo a Scot Consultoria, as três categorias destinadas ao abate tiveram incremento de R$3,00/@ no comparado à última segunda-feira (28/12). Com isso, nas praças paulistas, as cotações do boi gordo, vaca gorda e novilha gorda estão em R$263,00/@, R$245,00/@ e R$253,00/@, preço bruto e à vista.

Boi gordo em 2021

O “boom” das commodities visto no ano de 2020, desta vez, não deixou de fora o boi gordo. Entre janeiro e novembro deste ano, o preço do animal chegou a valorizar 47%, saindo do patamar de R$ 193/@ e batendo na casa dos R$ 285/@. Essa alta observada aconteceu mesmo com um mercado interno combalido, e só foi possível graças a escassez de oferta de bovinos aptos para o abate e pela China.

A primeira justificativa para a valorização do boi gordo, a escassez de oferta, está sendo causada sobretudo pelo intenso abate de fêmeas durante os anos de 2017 e 2018. Esse processo de abate de fêmeas nesses anos, está causando agora uma escassez de bezerros e também de boi gordo disponível no mercado.

Como o ciclo pecuário é soberano e de longo prazo, essa escassez de oferta deve perdurar durante o próximo ano, principalmente sobre o boi gordo. Como o processo de retenção se iniciou em meados de 2019, a reposição pode começar a sentir uma melhora de oferta, e consequente estagnação dos preços em 2021.

Do outro lado da ponta, o consumidor brasileiro teve um ano difícil. A crise econômica causada pela pandemia resultou em recuo de mais de 4% no PIB brasileiro, a população descapitalizada optou por proteínas de menor valor agregado. No entanto, a pecuária brasileira não sentiu tanto esse recuo, isso por que as exportações (principalmente para a China) ganharam uma importância muito grande. Foram 1,58 milhão de toneladas de proteína bovina enviadas para fora do país até novembro/20, sendo que a China levou 0,78 milhão de toneladas (57% a mais do que em todo o 2019).

Diante desse apetite chinês, a participação das exportações no consumo total de carne bovina brasileira bateu recorde, chegando a 28% do total. Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados, visto que a China ainda não se recuperou totalmente da Peste Suína Africana, e deve continuar necessitada de importar proteínas animais.

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