Mais uma semana de valorizações no mercado de reposição. Alta mais significativa foi para a bezerra de desmama anelorada, 50,5%, confira!
Mais uma semana de valorizações no mercado de reposição. Na média de todos os estados monitorados pela Scot Consultoria, entre machos e fêmeas anelorados, a alta foi de 1,1% nos últimos sete dias. O destaque maior fica para os bezerros e bezerras que, nos últimos meses, tem alcançado os maiores patamares de preços já registrados.
Com a demanda externa crescente e a redução da oferta, os animais de reposição (bezerro e boi magro) têm sido negociados em patamares recordes reais. Os preços estão disparando pelo país, trazendo uma maior retenção de fêmeas e, consequentemente, uma nova mudança no ciclo pecuário.
Em mais uma semana de grandes valorizações nos Indicadores do Cepea, os preços do bezerro tiveram um novo recorde no fechamento desta última quinta-feira, 27, com valor atingindo R$ 2.189,97 por cabeça, sendo o maior valor já registrado pelo estado de Mato Grosso do Sul.
A procura por fêmeas segue aquecida. Tomando o início do ano como referência, na média todas as categorias e estados pesquisados, a alta acumulada foi de 47,5%, frente a 36,4% da média das categorias dos machos anelorados.
Nesse intervalo, a alta mais significativa foi para a bezerra de desmama anelorada, 50,5%, seguida da novilha (+48,9%).
Segundo as informações coletadas no aplicativo da Agrobrazil, a média para as categorias, Bezerros e Boi Magro, estão com valores mais elevados do que os observados para os meses anteriores. A valorização no Boi Magro em Goiás, passa de R$ 30/@ quando comparado com o mês de Janeiro. Já o bezerro, segue com uma valorização superior a R$ 600/cab, comparado ao mesmo período.
Segundo as tabelas abaixo, é possível observar que os preços seguem aquecidos nas principais praças pecuárias do país. Segundo os dados, o Boi Magro, com maior valorização está em Goiás, com média parcial do mês sendo cotada a R$ 233,20/@.
Ainda segundo a Agrobrazil, o volume de negociações concretizadas na categoria dos bezerros, animais de 180 a 220 kg, foi aquecida neste mês de agosto, porém, abaixo do que foi informado no mês de julho. Apesar da grande demanda por parte do pecuarista da recria/engorda, a oferta de animais também segue escassa para a categoria.
Demanda no mercado do boi gordo
Segundo a IHS Markit, nesta sexta-feira, o mercado físico do boi gordo registrou exaustiva lentidão de negócios, movimento esperado para esta etapa da semana. Na maior parte do país, apesar das escalas de abate atenderem em média, apenas 4 dias úteis, a baixa disponibilidade de animais tem limitado o avanço da liquidez no mercado.
- Vai um café? Com preços nas alturas, especialista revela a razão por trás do recorde histórico
- Mais de R$ 20 milhões em espécie são apreendidos pela PF no 1º turno das eleições
- Banco do Brasil lança novo programa de sustentabilidade na pecuária
- Plantio de algodão 1ª safra cresceu 82,2 mil hectares em 2024
- Brasil deve diminuir dependência de fertilizantes importados
Ademais, alguns frigoríficos pesquisados reportaram aguardar o desempenho das vendas de carne no final de semana para saber qual estratégia de compra de gado adotar para os próximos dias.
“Ainda que a demanda interna estivesse arrefecida, o indicador Esalq/B3 do preço do boi gordo teve alta de 3,4% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020. Quando comparado em relação ao mesmo período de 2019, a alta é ainda mais expressiva, de 31,2%”, observa o Ipea.