Primeira mulher a vencer a Marcha de Resistência, veja!

Xaiani Gonzales foi a primeira mulher a vencer a prova e se destaca, mais uma vez, como grande competidora e mostra que não existe limites!

Xaiani Gonzales: Era só questão de tempo. Ela que já vinha se destacando nos Enduros e ponteando nos Chasques do Uruguai, agora cruza a linha de chegada dos 750km da Marcha Anual de Resistência com pioneirismo.

Neste sábado, 18 de maio, a ginete Xaiani Aguerre Gonzales tornou-se a primeira mulher a vencer a Marcha Anual de Resistência do Brasil, com apenas 16 anos de idade, ao enfrentar a sua primeira marcha.

Além de provar sua força com a égua Ponteira 273, Xaiani atribuiu a conquista à toda família e ao companheirismo de Paulo Porciúncula, marcheiro que esteve com ela durante a última etapa, lado a lado.

“Fui pegando uma dica de um e de outro para chegar até aqui. Eu e o Paulo vínhamos na frente e, se o cavalo de um se entregava, nós puxávamos um ao outro. E isso é o mais importante, a parceria, não é só a concorrência”, salientou a participante, moradora de Aceguá/RS.

Quem viu Xaiani completando o percurso no tempo 67’47”29 ao lado de Ponteira 273 não imagina o que há por trás dessa conquista. Muito mais do que o primeiro lugar geral, a sintonia entre elas resulta em superações do dia a dia. “Ela é minha terapia”, conta a ginete que luta contra a ansiedade. Assim, juntas, e não por acaso, elas assumiram o primeiro lugar geral, deixando um legado e inspirando outras pessoas a superarem seus desafios.

Missão cumprida

Eram 7h da manhã quando a última contagem regressiva de largada foi ouvida. Dos 26 animais que participaram do início da Marcha, no dia 4 de maio, 14 enfrentaram os 40 quilômetros finais para, enfim, correr ao encontro do abraço de familiares e amigos ansiosos pela espera dos cavaleiros.

Choro e riso misturaram-se na face de cada participante, no alvoroço de sentimentos entre o dever cumprido e o cansaço de quem viveu uma intensa jornada.

“A Marcha seleciona tudo aquilo que a gente procura – resistência, rusticidade, capacidade de recuperação, bons aprumos, boa locomoção – em uma prova que é só coração. Não tem como não se emocionar vendo uma final com todo esse companheiro e o amor dos ginetes e criadores por seus cavalos”, relatou o coordenador da Subcomissão de Resistência, Thiago dos Santos.

“É talvez uma das provas mais lindas, com o cavalo nu e cru, onde ele simplesmente mostra todas as suas condições, o seu coração e a sua alma na estrada”, completou a chefe da Comissão Veterinária, Rafaela Jacques.

Fonte: ABCCC


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