Custos da produção leiteira iniciam segundo semestre em queda

O item que tem mais peso nos desembolsos anuais de uma propriedade leiteira é a dieta dos animais, especialmente, o concentrado.

Os custos da pecuária leiteira iniciaram este segundo semestre em baixa, continuando o movimento baixista observado nos últimos meses. O Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade recuou 0,41% em julho, considerando-se a “média Brasil” – formada pelas principais bacias leiteiras do país – Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A queda continua atrelada às desvalorizações dos concentrados e dos adubos e corretivos. Nos primeiros sete meses do ano, os custos da atividade acumularam baixa de 6,15%.

O item que tem mais peso nos desembolsos anuais de uma propriedade leiteira é a dieta dos animais, especialmente, o concentrado. Em julho, esse grupo registrou desvalorização de 1,22% – dando continuidade ao movimento de queda iniciado em março/23. As reduções nas cotações do milho, devido à colheita da segunda safra, continuaram influenciando na retração nos valores dos concentrados no mês.

A desvalorização mais intensa dessa categoria de insumos, de 6,89%, foi registrada no estado de SP. O grupo de adubos e corretivos, por sua vez, recuou pelo sétimo mês consecutivo do ano, acumulando baixa de 19% no período. Em julho, os
preços de adubos com fosfato e potássio na composição apresentaram, na sua maioria, redução. Por outro lado, os valores de fertilizantes com alta concentração de nitrogênio, como no caso da ureia e de alguns formulados, avançaram entre junho e julho.

Na “média Brasil”, os grupos de medicamentos voltados para controle parasitário e antimastíticos apresentaram leve elevação em julho. Alguns colaboradores do Cepea relatam que a aquisição de novos lotes de medicamentos contou com o repasse de valores mais altos por parte de laboratórios e fornecedores, o que explica esse aumento pontual nos preços de alguns produtos.

Relação de troca

Foram necessários 21,5 litros de leite (captado em junho) para a aquisição de uma saca de 60 kg de milho em julho/23, apenas 0,5% maior frente ao mês anterior, quando foram necessários 21,4 litros. Apesar disso, a relação de troca registrada nos últimos dois meses está abaixo da média dos últimos 12 meses, de 28,4 litros, indicando melhora no poder aquisitivo do produtor.

Fonte: Assessoria Cepea

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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