Rússia “suspende” importação de carne, alerta!

Em comunicado, foi informado que as exportações de carne para a Rússia, que trava uma guerra com a Ucrânia, está com as importações de carne fechadas!

A grande movimentação das retomadas das exportações de carne bovina e suína a Rússia, anunciadas em novembro de 2021, foram bem recebidas pelo setor. Porém, segundo as informações divulgadas ontem, pela grande indústria exportadora e produtora de carne do mundo, as exportações de carne para a Rússia, estão temporariamente suspensas. Confira as informações abaixo!

O presidente da JBS, Gilberto Tomazoni, disse que as exportações de carne bovina, de frango e suína para a Rússia estão interrompidas por “questões logísticas”. Segundo o executivo, as vendas dessas proteínas para o país eram pequenas quando comparadas ao volume que a companhia exporta para os outros mercados.

Ele acrescentou que a empresa não tem operações na Rússia e Ucrânia e apontou que a JBS tem acompanhado com atenção os acontecimentos e como isso pode afetar os negócios da companhia.

Conforme Tomazoni, a guerra na Ucrânia impediu o recuo nos custos das commodities agropecuárias, que já vinham registrando níveis elevados desde o ano passado.

O executivo avaliou que a pressão de custos é uma questão estrutural, não apenas do setor de alimentos. “A guerra inverteu uma tendência que era a diminuição, quando houve esse aumento (em consequência da guerra)”, apontou.

O executivo comentou ainda que, com o início das exportações de carne bovina do Brasil para o Canadá, a JBS, que já tem uma planta no país, pretende buscar sinergias operacionais e mercadológicas para atender a esse novo mercado.

A Rússia, que no passado chegou a ser um dos maiores mercados para o Brasil, planejou estabelecer uma cota de importação isenta de impostos de até 200 mil toneladas de carne bovina em 2022 para aumentar a oferta doméstica, como parte das medidas que o governo espera que ajude a estabilizar a inflação doméstica, que está em máxima de cinco anos.

Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS (Foto: Divulgação)

JBS começa a produzir fertilizante

 A JBS, maior produtora global de carnes, começou a produzir fertilizantes a partir de resíduos orgânicos de suas operações e matérias-primas minerais, informou a empresa nesta sexta-feira, em movimento que marca a entrada da companhia no segmento de insumos agrícolas.

A fábrica em Guaiçara (SP), cuja construção foi anunciada em meados de 2020, terá capacidade para fabricar 150 mil toneladas por ano em produtos e amplia a atuação da JBS na chamada “economia circular”, como parte dos planos de melhor aproveitar resíduos das operações.

Ao usar como matéria-prima 25% do resíduo orgânico gerado nas operações, a Campo Forte, unidade de fertilizantes da JBS, “garante uma destinação correta e um menor impacto ambiental para esses insumos”, enquanto a empresa aproveita uma oportunidade de mercado, considerando que o Brasil depende fortemente de adubos importados.

A iniciativa gera um “produto com valor agregado, a partir de um processo industrial altamente tecnológico e sustentável”, disse a diretora-executiva na JBS Novos Negócios, Susana Carvalho.

Com investimento de 134 milhões de reais, a JBS disse em nota que vai se tornar a primeira produtora brasileira de alimentos a utilizar resíduos para a fabricação de fertilizantes.

Nos EUA

A JBS deve manter um desempenho positivo nos resultados da companhia nos Estados Unidos em 2022, avaliou Gilberto Tomazoni.

Segundo o executivo, há uma demanda interna e externa robusta no país. “E agora já está acontecendo um aumento nos preços dos animais. Nesta conjuntura, acreditamos que as margens nos EUA ainda vão se manter saudáveis”, comentou.

Tomazoni destacou ainda que a JBS está atendendo à demanda por carne bovina nos EUA com a proteína produzida no Brasil e também com a carne produzida nos EUA. “Mas, claro, o Brasil está em um segmento que compete mais em outros países do que os Estados Unidos”, apontou.

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