
O baixo excedente interno, o cultivo tardio no Brasil e a valorização externa elevaram os preços da soja no mercado doméstico nos últimos dias.
Ainda assim, as negociações estão em ritmo lento, devido à retração de produtores, que não têm interesse em negociar o restante da safra 2019/20. O pouco volume disponível no spot está sendo disputado por indústrias locais, que oferecem preços acima dos da paridade de exportação, algo incomum de se observar.
Indústrias sinalizam não ter estoques longos, o que deixa avicultores e suinocultores em alerta quanto ao consumo de farelo de soja no primeiro bimestre de 2021, especialmente diante da possibilidade do atraso da colheita da safra 2020/21, devido ao atual semeio tardio.
- Cavalo de R$ 12 milhões morre com suspeita de intoxicação por ração e expõe crise sem precedentes na equinocultura
- PBR Team Series: Brasileiros são maioria na nova temporada da liga PBR
- ABIPESCA emite nota sobre impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao pescado brasileiro
- DATAGRO: Trump anuncia tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil aos EUA
- BC só publicará nova carta em abril, caso IPCA continue acima do teto
Nos últimos dias, os trabalhos de campo foram intensificados, favorecidos por chuvas. Quanto aos preços, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná avançou expressivos 4,2% entre 16 e 23 de outubro, a R$ 164,50/sc de 60 kg na sexta-feira, 23 – na parcial do mês, este Indicador registra a segunda maior média real da série do Cepea, inferior apenas à verificada em outubro/2002 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de out/20).
Inclusive, o Indicador Paraná está superior ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) – porto de referência de formação de preços de soja no Brasil –, que, por sua vez, fechou a R$ 164,23/sc de 60 kg na sexta, aumento de 3% frente à sexta anterior.
Fonte: Cepea