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Soja/Milho: Preços bateram recorde, o que esperar?

Semana começa com recorde de preços para soja e milho; veja o que esperar; O analista de mercado Paulo Molinari fala sobre os motivos dessa alta e o que pode mexer no mercado no próximos dias.

A semana começa com os preços de soja e milho batendo recordes no mercado interno, mas algumas mudanças devem ocorrer de acordo com a intenção de plantio nos EUA, que será divulgada nesta terça-feira, 31.

De acordo com analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, a alta nos preços ainda é reflexo da cotação do dólar, que passou dos R$ 5 pela primeira vez na história há alguns dias. “É uma derivação desse processo cambial que estamos vivendo. Portanto, não há uma alta internacional e Chicago continua em patamares baixos”, disse.

Segundo Molinari, a média de R$ 100 nos portos para a soja e R$ 60 para milho, base campinas, é um recorde para o país e, mesmo assim, há muitas negociações. “Na soja nós tivemos um movimento muito forte e a semana parece estar começando com boas negociações. Claro que há um foco na intenção de plantio nos EUA, que pode mexer em Chicago e impactar no Brasil.”

Segundo ele, a soja está sendo colhida e vendida em ótimos preços. Já o milho “continua com a saga de abastecimento do primeiro semestre”, com preços de R$ 47 a R$ 52, dependendo da região, salvo São Paulo, que tem um preço mais ajustado pela falta de oferta. Segundo ele, este cenário deve seguir até o início da colheita da safrinha, entre junho e julho.

Portos

“A situação nos portos é praticamente normal, claro que temos um grande embarque de soja neste mês de março. Em abril, temos programadas quase 8 milhões de toneladas, o que é um bom fluxo de soja”

Segundo o analista, outro fator positivo é a retomada da China na compra da soja brasileira para maio, junho e julho. 

Por outro lado, há dificuldades internas com a logística, retirada de soja dos armazéns e fazendas. “É mais um problema interno do que necessariamente dos portos”, disse.

Frete mais alto

Outra questão que preocupa é a variação no valor do frete. “Temos menos caminhões rodando ou apenas em rotas mais curtas. Vivemos uma situação muito indefinida, com EUA com mais 40 dias de isolamento e o Brasil indo até o dia 10 de abril, pelo menos. Tudo está relacionado com essa movimentação interna e liberação do isolamento social para que a rotina no interior, pelo menos, volte ao normal”, completou.

Intenção de plantio nos EUA

Sobre a expectativa pelo plantio nos EUA, Molinari acredita que aumente a área de milho e reduza a área de soja. “Os números chave são 94,2 milhões de acres para o milho e 84,8 milhões de acres para a soja”.

Fonte: Canal Rural

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