
Com invasão da Rússia, crescem as preocupações sobre o fluxo de suprimentos de um dos maiores exportadores mundiais de grãos e oleaginosas.
Os militares da Ucrânia suspenderam as operações em seus portos depois que forças russas invadiram o país por terra e mar, disse um assessor do chefe de gabinete do presidente nesta quinta-feira (24/2), à medida que crescem as preocupações sobre o fluxo de suprimentos de um dos maiores exportadores mundiais de grãos e oleaginosas.
A Rússia havia suspendido anteriormente o movimento de navios comerciais no mar de Azov até novo aviso, mas manteve os portos russos no Mar Negro abertos para navegação, disseram autoridades e cinco fontes do setor de grãos.
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou “uma operação militar especial” contra a Ucrânia nesta quinta-feira para eliminar o que chamou de uma séria ameaça, dizendo que seu objetivo é desmilitarizar o vizinho do sul da Rússia.
“O mercado ainda está tentando obter uma imagem clara sobre a situação militar real no terreno. Os portos de Azov e do Mar Negro até agora parecem não ter sido danificados, de acordo com relatos iniciais da agência de navegação”, disse um comerciante de grãos europeu.
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“A próxima etapa que terá de ser enfrentada é qualquer declaração de força maior, se os navios simplesmente não puderem ser carregados e os contratos não puderem ser cumpridos”, acrescentou o trader. A Rússia, maior exportadora de trigo do mundo, embarca principalmente seus grãos por meio de portos no Mar Negro.
O mar de Azov abriga portos de águas rasas de menor capacidade. Os portos marítimos de Azov exportam principalmente trigo, cevada e milho para importadores do Mediterrâneo como Turquia, Itália, Chipre, Egito e Líbano.
“Esses países seriam obrigados a buscar suprimentos alternativos se os navios ficarem presos e não puderem partir em um futuro próximo”, disse outro trader europeu. A Rússia e a Ucrânia respondem por 29% das exportações globais de trigo, 19% do fornecimento mundial de milho e 80% das exportações mundiais de óleo de girassol.
Fonte: Reuters