O Brasil é o principal fornecedor de exportações de lácteos para a Venezuela, seguido por Colômbia, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
A produção de leite da Venezuela em 2021 aumentou apenas 2% desde 2020, com a indústria formal de laticínios processando 12% de seus 1,5 bilhão de litros em 2021 e trabalhando com 20% de sua capacidade.
Aqui está uma rápida visão geral do setor:
As razões citadas para a indústria formal de laticínios trabalhar apenas com 20% da capacidade se devem ao colapso do mercado e aos consumidores venezuelanos que preferem queijos artesanais, diz um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Os queijos artesanais são fornecidos e produzidos principalmente pela indústria informal sobre produtos industriais e leite pasteurizado. Aproximadamente 4 milhões de vacas produziram leite em 2021, e a maior parte desse leite (88%) foi usada para produzir queijo fresco não pasteurizado ou queijo artesanal.
Um olhar sobre o setor lácteo da Venezuela
Após uma queda de 16% entre 2015 e 2019 devido ao colapso econômico, demanda decrescente e preços baixos, a produção de leite venezuelano em 2021 se estabilizou em cerca de 1,52 bilhão de litros por ano.
Para fornecer uma visão geral do setor: em 2012, as importações venezuelanas de produtos lácteos atingiram o pico de US$ 1,3 bilhão, mas caíram rapidamente após o colapso econômico de 2015. O consumo de produtos lácteos caiu para o menor nível histórico em 2018, atingindo 56 litros per capita. O Brasil é o principal fornecedor de exportações de lácteos para a Venezuela, seguido por Colômbia, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
A produção de gado da Venezuela, de acordo com o USDA, inclui operações de propósito único (ou seja, leite ou carne) e operações de propósito duplo (ou seja, leite e carne bovina). As operações de dupla finalidade representam cerca de 58% do rebanho nacional na Venezuela e contribuem com 95% da oferta de leite e até 60% da carne bovina produzida no país.
Segundo dados oficiais venezuelanos, o rebanho bovino atingiu 15,4 milhões de cabeças em 2021. Fontes privadas estimam o tamanho do rebanho entre 9 e 11 milhões de cabeças, com 95.000 fazendas de duplo propósito e 5.000 fazendas leiteiras especializadas. A área total de produção pecuária é estimada em 13 milhões de hectares (32 milhões de acres).
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Perspectivas para 2022
O setor de lácteos da Venezuela enfrenta problemas como falta de financiamento, escassez de combustível, falhas de energia e infraestrutura pública em colapso. Em 2022, o USDA prevê que a produção será de 1,55 bilhão de litros, um pouco acima do ano passado.
A expectativa é que o consumo cresça 5%, para 63 litros per capita, devido à estabilização da economia, inflação mais baixa, oferta local suficiente de produtos lácteos e leve crescimento das importações.
Prevê-se também que as importações de lácteos permanecerão estáveis em cerca de US$ 110 milhões com participação de mercado semelhante a 2021. Os produtos lácteos com potencial de crescimento mais significativo para os exportadores dos EUA são leite em pó desnatado, queijos, fórmulas infantis e ingredientes lácteos para a indústria alimentícia.
