A procura pelo boi gordo

Frigoríficos de todo o Brasil continuam a sofrer para completar suas escalas, e com isso preço do boi gordo vai rompendo recordes.

Mantendo o movimento observado, as programações de abate seguem encurtadas na grande maioria das praças produtoras do país, que atendem, na média nacional, os próximos 4,0 dias úteis. A grande dificuldade em preencher as escalas e a retomada dos contratos para exportação pressionam a ponta compradora, que tem conseguido adquirir lotes pequenos conforme faz reajustes positivos nas ofertas.

Em São Paulo, os preços podem variar entre R$ 290,00 a R$ 300,00 dependendo da premiação.

A quarta-feira foi de realização dos lucros na B3, o contrato futuro de janeiro/21 recuou pontualmente 0,30%, fechando o dia a R$ 294,65/@. Já o maio/21, considerado um dos contratos chave, desacelerou 1,02% ante a véspera, encerrando do dia a R$ 281,85/@.

Milho

Com o rompimento da máxima na terça-feira, o mercado físico e futuro começou um movimento destoante. Enquanto no físico a escassez de oferta dita o ritmo e o valor dos negócios efetuados, no futuro, a pressão externa e do dólar afetam negativamente a cotação do cereal. A referência para negócios no físico paulista continuou nos R$ 85,50/sc, enquanto isso, na B3, o vencimento para março/21 recuou 1,92%, ficando cotado à R$ 87,27/sc.

Pelo terceiro dia útil consecutivo, o preço do milho nos EUA registrou recuo, chegando desta vez ao valor de US$ 5,22/bu, caindo 0,76%. A movimentação técnica de realização de lucros através da redução da posição comprada na CBOT ditou a queda em Chicago, no entanto, vale ressaltar que o clima na América do Sul (Sul do Brasil e Argentina) deu leve respaldo fundamentalista para que a desvalorização se concretizasse

Soja

A combinação de queda nos principais drivers de negociação puxou a soja brasileira para baixo na quarta-feira. A referência para negócios voltou aos R$ 170,00/sc, mesmo com o atraso da colheita, que tem provocado uma escassez de oferta além do período padrão. A queda do prêmio pago nos portos, do dólar e do preço da oleaginosa em Chicago foi a motivação da desvalorização da soja brasileira ontem. Ainda assim, a firmeza sobre os preços se mantém.

Assim como no acontece com o milho, a soja amargou seu terceiro dia consecutivo de queda nas cotações em Chicago. O contrato com vencimento para março/21 recuou 0,76%, ficando cotado a US$ 13,70/bu, menor valor desde o dia 07/01/2021.

A movimentação é sobretudo técnica, visto que o posicionamento comprado em futuros de soja estava elevado, no entanto, o bom padrão climático na Argentina e as declarações da nova secretária de tesouro dos EUA, Janet Yellen, atuaram negativamente sobre as cotações.

Fonte: Agrifatto

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