Alerta para risco de queimadas nesta quinta-feira

Tempo seco, temperaturas altas e baixa umidade fazem com que focos de incêndio se alastrem mais rapidamente em alguns pontos do país.

O outono e o inverno, que são as estações mais secas do ano no Brasil central, trazem um pesadelo para os produtores rurais: as queimadas.

O tempo seco, as altas temperaturas e os baixos índices de umidade relativa do ar fazem com que qualquer foco de incêndio se alastre mais rapidamente por conta das pastagens mais secas e de um solo com baixos níveis de água disponível.

Este ano, Mato Grosso já registrou 41% mais focos de incêndio quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado liderada em casos de queimadas, com 7.000, seguido por Roraima e Tocantins, com 4.603 focos e 3.000, respectivamente.

As queimadas trazem uma série de prejuízos à biodiversidade e prejudicam a qualidade do ar, interferindo diretamente na fertilidade do solo, que vai receber o plantio em setembro.

As áreas afetadas pelo fogo ficam sem os nutrientes essenciais às plantas, como nitrogênio, potássio e o fósforo. 

A umidade do solo, que nesta época do ano já é reduzida, favorece a compactação, o que resulta no desencadeamento do processo erosivo e outras formas de degradação da área.

Nas próximas 24 horas, o Inpe alerta para o alto risco de queimadas em todas as áreas em vermelho do mapa.

No Rio Grande do Sul, embora o instituto alerta para o risco de queimada, as chances são menores comparadas com às de Mato Grosso e Tocantins, por exemplo, justamente por causa das temperaturas mais baixas e da umidade do solo mais alta. 

“O modelo usado pelo Inpe considera a quantidade de dias sem chuva. O Rio Grande do Sul já está com 15 dias de tempo seco, mas por lá tanto a umidade do solo é mais elevada quanto a umidade do ar, o que inibe este potencial”, explica Heloisa Pereira, meteorologista da Somar. 

Segundo ela, o estado gaúcho é a porta de entrada das frentes frias até mesmo no inverno. Já o Mato Grosso só volta a receber chuva entre o fim de setembro e início de outubro.

Fonte: Canal Rural

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