Alexandre de Moraes bloqueia contas da Aprosoja Brasil

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, solicita e Polícia Federal faz busca e apreensão na Aprosoja brasil e Mato Grosso

A Polícia Federal cumpriu na tarde desta segunda-feira diligências determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra alvos suspeitos de financiarem atos antidemocráticos na manifestação do 7 de setembro. Dentre elas, a PF realiza busca e apreensão na sede da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá, que também foi alvo de bloqueio de contas bancárias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.

No vídeo, Bartolomeu Braz Pereira, ex-presidente da Aprosoja Brasil e atual presidente da entidade em Goiás se manifesta sobre bloqueios:

A investigação, aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), também apura suspeitas de que a Aprosoja estaria financiando a realização de atos violentos no dia 7, com o objetivo de pressionar o Senado a realizar o impeachment de ministros do STF.

Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, foi alvo de buscas determinadas pelo STF
Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, foi alvo de buscas determinadas pelo STF — Foto: TV Centro América

O presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, chegou a ser alvo de busca e apreensão deflagrada no último dia 18. Na ocasião, Moraes o proibiu de participar de manifestações de rua no dia 7 de setembro e de se aproximar da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

As novas diligências começaram a ser deflagradas na semana passada, com o cumprimento de ordens de prisão contra o blogueiro Wellington Macedo e o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão. Macedo foi preso em um hotel em Brasília, mas Zé Trovão está foragido. Pelas redes sociais, entretanto, ele segue incitando a realização de atos contra os ministros do STF no 7 de setembro. No domingo, foi preso pela PF um bolsonarista que fez ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, Marcio Giovani Niquelate.

NOTA-DE-ESCLARECIMENTO
Foto: Divulgação

Posicionamento da Aprosoja-MT

Em relação à medida judicial cumprida nesta segunda-feira (06.09.2021), na sede da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a entidade esclarece que se trata de decisão nos autos do Inquérito 4879/DF que apura a convocação da população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de “caminhoneiros”.

A decisão determinou: 1) o bloqueio de saques das contas bancárias da Aprosoja-MT, até o dia 8.9.2021, quarta-feira; 2) sejam identificados e informados os valores transferidos a partir das contas bancárias dessa entidade para outras entidades ou terceiros, desde o dia 10.8.2021, a partir do patamar mínimo de R$ 10.000,00.

Aprosoja-MT e seus dirigentes esclarecem que jamais financiaram, apoiaram, ou convocaram a população para atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de “caminhoneiros”.

A entidade preza pelos preceitos legais e constitucionais, e já está disponibilizando toda documentação solicitada, pois é a principal interessada no esclarecimento dos fatos, já que nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados

Veja a nota da Aprosoja Brasil na íntegra:

As contas da Aprosoja Brasil seguem rigorosas regras de compliance. Desta forma, não foi e nem pode ser feita nenhuma movimentação irregular nas contas da entidade, pois os gastos são utilizados estritamente com as atividades fim da Aprosoja Brasil.

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