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Arroba a R$ 260,00 fechando a semana com “otimismo”

Os frigoríficos tentaram ofertar até R$ 5/@ a menos nesta sexta-feira, mas o pecuarista bateu o pé e a arroba fecha a semana com estabilidade no preço!

Depois de registrar uma desvalorização de R$ 10/@  ao longo desta semana, os preços do boi gordo ficaram estáveis nesta sexta-feira na praça paulista, segundo o levantamento realizado pela Equipe do Compre Rural. Ainda segundo os dados, a pressão dos frigoríficos acabou assustando a ponta vendedora, que se afastou das vendas.

Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, “Os frigoríficos pressionaram o mercado ofertando R$ 5 a menos por arroba, travando os negócios no último dia útil da semana”, apontou a consultoria em seu relatório diário. Sendo assim, o maior valor observado para os preços da arroba está na Oeste da Bahia, onde é comercializada por R$ 274,50 e livre de Funrural.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 259,84/@, na sexta-feira (11/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 252,99@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 240,38/@.

Ainda segundo o app, os preços seguem variando de R$ 256 a R$ 262/@ nas praças paulistas. Já o Indicador do Cepea, seguindo a trajetória do mercado, fechou com estabilidade nesta sexta-feira, cotado ao valor de R$ 263/@.

A tendência baixista no mercado pecuário é atribuída ao ritmo menor das exportações brasileiras de carne bovina, associado ao escoamento lento da proteína no mercado interno. Entretanto, a intensidade de queda só não foi maior por conta da menor oferta de animais terminados para abate.

“Além de reduzir consideravelmente a capacidade de abate das plantas industriais, algumas unidades optaram por focar os abates em lotes oriundos de contratos a termo fixado antecipadamente ou de confinamentos próprios, o que serviu para diminuir a necessidade de compra imediata”, relata a IHS.

Escala de abate com boa margem

Enquanto a pressão negativa permeia o mercado físico de boi gordo, as escalas de abate vão na direção oposta e seguem alongadas nas principais regiões produtoras do país.

  • Em São Paulo, a escala de abate dos frigoríficos encerrou a semana em 9,0 dias úteis, acima da média parcial dos últimos 12 meses, que está balizada em 7,0 dias úteis.
  • Em Goiás e Minas Gerais, os trabalhos fecharam a segunda semana de dezembro com 7,0 dias úteis, também acima da média parcial anual, registrada em 5,0 dias úteis em ambas as regiões.
  • No Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a situação não é tão favorável, já que apesar de estarem com a próxima semana praticamente completa em suas escalas (6,0 dias úteis), tal número é levemente maior que a média parcial anual, que gira em torno de 5,0 dias úteis nos dois estados.

Alerta positiva

A pressão dos frigoríficos nessa sexta-feira, parece não ter surtido efeito, afastando a ponta vendedora do mercado e, segundo levantamento, o mercado parece ter encontrado um equilíbrio nos preços da arroba. A desvalorização começa a perder força e alguns frigoríficos começam a ajustar as suas ofertas de forma positiva.

“Plantas frigoríficas de médio e pequeno porte chegaram até a ajustar positivamente as suas referências de preços para as fêmeas diante da melhor relação custo-benefício para indústria”, ressalta a IHS.

Giro do boi gordo pelo Brasil, segundo Safras

  • Em São Paulo, capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 260 a arroba, na comparação com R$ 264 na quinta-feira.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 259 a arroba, ante R$ 262.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a arroba chegou a R$ 250 a arroba, contra R$ 252.
  • Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 253 a arroba, ante R$ 255.
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, a arroba do boi ficou em R$ 249 a arroba, contra R$ 254.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina também caíram. Conforme Iglesias, a reposição entre as cadeias flui de maneira mais lenta que o esperado nesta primeira quinzena de dezembro. 

“O ambiente de negócios ainda sugere por novas queda no curto prazo, uma consequência da saturação da demanda, uma vez que o consumidor final não consegue manter o consumo de um produto que acumulou tantas altas em um momento de evidente fragilidade econômica. Também precisa ser citado o fraco desempenho dos embarques no início de dezembro, sintoma de que a China tem estoques confortáveis para atender a demanda durante o seu principal feriado, o ano novo lunar. Por fim, o mercado se preocupa com a demanda interna em janeiro, período em que possivelmente não haverá novas parcelas do auxílio emergencial”, disse o analista.

Com isso, o corte traseiro caiu de R$ 19,20 o quilo para R$ 19,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,90 o quilo, com queda diária de dez centavos, e a ponta caiu de 15,05 o quilo para R$ 14,90 o quilo.

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