Arroba chega a R$ 240, mas a queda já começou!

Após disparada, preço do boi gordo começa a cair. Indicador do Cepea abriu a semana com baixa de 1,5%. Algumas praças arroba chega a R$ 200. Confira!

O mercado do boi gordo, viu nos últimos meses, um grande crescimento da demanda por parte das indústrias e uma crescente onda na exportação da carne bovina. Esse cenário trouxe uma alta de quase R$ 64 reais por arroba, de janeiro até agora, como apontado pelo CEPEA. Entretanto, as margens começaram a recuar e a oferta de preços pelo boi gordo estão reduzindo nas principais praças do país. Arroba chega a R$ 250, mas a queda já começou, como era de se esperar!

Depois de vencer a barreira dos R$ 230/@ na última semana, o Indicador do boi gordo Esalq/B3/Cepea registrou recuo de 1,5% nessa segunda-feira, 2 de dezembro. O indicador fechou a R$ 227,80/@. Alguns dados levantados pela GPB, mostraram negócios de R$ 240 e até R$250 por arroba.

Na sexta-feira, o índice havia atingido o patamar recorde de R$ 231,35/@.

Segundo destaca a consultoria Agrifatto, após a trajetória altista das cotações do boi gordo, esta é a primeira semana em que não foram superadas as máximas históricas (pelo menos até agora), demonstrando dificuldade do mercado em manter os níveis alcançados.

As altas recentes da carne bovina no atacado acenderam um sinal de alerta na indústria brasileira, que teme entraves no escoamento da carne no varejo, devido à explosão de preços da proteína.

Na última semana, a carcaça casada bovina fechou em R$ 15,89/kg, em média, no atacado paulista, com avanço de 7% sobre a semana anterior, segundo a Agrifatto. Nos últimos 30 dias, o boi casado acumula valorização de 39,34%.

Preço do boi gordo cai até R$ 10 por arroba nesta terça-feira, diz Safras

O mercado físico do boi gordo registrou queda nos preços do boi gordo nas principais praças de produção e comercialização do país no fechamento desta terça-feira, 3. “O ritmo de negócios é satisfatório. Ao mesmo tempo em que os frigoríficos forçam preços mais baixos, os pecuaristas, no geral, aceitam as ofertas menores”, comenta o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, os preços da carne bovina também passam por movimento de correção devido à dificuldade do varejo em repassar os aumentos recentes. “Resta saber como o aquecimento da demanda doméstica desta época do ano afetará o comportamento dos frigoríficos na primeira quinzena de dezembro”, assinalou.

Segundo a Scot Consultoria

A alta dos preços da carne afugentou os consumidores. Dessa forma, a compra do setor varejista diminuiu. A queda no fluxo de escoamento de carne fez com que os frigoríficos se reposicionassem, ofertando menos pelo boi gordo no fechamento da última terça-feira (3/12). 

Refletindo a dificuldade de escoamento, houve retração na cotação da carne bovina com osso vendida pelos frigoríficos. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$15,18/kg, uma queda de 3,5% na comparação feita dia a dia.

No Oeste do Maranhão, a arroba do boi gordo ficou cotada em R$193,00, bruto, R$192,50 descontando o Senar e R$190,00 livre de impostos (Senar e Funrural). 

Vale ressaltar que a oferta de boiadas está maior no Oeste em relação às outras regiões do estado, o que faz com que o preço do boi gordo seja menor nessa região. 

A referência do dia para o boi gordo ficou estável em São Paulo. Contudo, destaca-se que existem frigoríficos pressionando o mercado com ofertas de R$5,00 a R$10,00 a menos por arroba. 

Com o fim aparente das altas, boiadas represadas começaram a aparecer na mesa de compra das indústrias, mas os volumes não são grandes e, portanto, não devem empurrar o mercado de volta para os preços vigentes antes da euforia de novembro. 

Preços futuros

Ainda de acordo com levantamento da Agrifatto, os contratos futuros do boi gordo também reagiram às alterações da conjuntura no mercado físico, passando por ajustes negativos. O contrato para dezembro/19 fechou a última semana em R$ 215,25/@ na bolsa B3, abaixo do valor vigente da arroba registrado no mercado físico.

O que esperar de 2020?

Compre Rural com informações da Scot Consultoria, Agrifatto e Agências

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