No vai e vem da cotação, o mercado do boi gordo atingiu recordes inesperados, arroba ainda tem força para subir e manter a alta, mas qual lição aprendemos com isso?
O mercado do boi gordo viu seus preços sofrerem uma correção que não se via a quase 5 anos. O pecuarista esperou esse momento com uma amargo sentimento da margem de lucro cada vez mais estreita. Entretanto, precisamos aprender com as novas situações. Confira as onze lições de 2019 que essa mudança de mercado traz para nós!
A associação que representa os frigoríficos exportadores de carne bovina (Abiec) disse nesta terça-feira (10) que os preços da proteína em 2020 devem diminuir, em relação a outubro e novembro, mas seguirão mais caros em relação ao período de janeiro e setembro. Isso é positivo, mas não resolve o problema!
A maior dificuldade, dentro da pecuária, não é o preço de venda da arroba, mas sim quanto custa produzir essa arroba. Thiago Pereira – Zootecnista
A maior dificuldade, dentro da pecuária, não é o preço de venda da arroba, mas sim quanto custa produzir essa arroba. O produtor brasileiro buscou tecnologia, implantou uma nutrição de qualidade aliada ao melhoramento genético, mas tudo isso trouxe aumento do custo de produção. Além disso, os insumos subiram com a demanda externa e vão continuar nesse patamar. Para equilibrar a conta, é preciso que haja um planejamento estratégico e melhores margens na receita, é hora de fazer conta!
Diante de tudo isso, com o mercado aquecido e buscando equilíbrio para finalizar o ano e se preparar para o ano que vem, confira essas lições que 2019 deixa para nós:
1- O ciclo da pecuária existe e não pode ser esquecido.
2- A arroba sobe quando falta boi.
3- Mercado externo não manda no boi, ainda, mas regula preço.
4- Mercado a termo só é bom para o frigorífico.
5- Mercado futuro, B3, garante margem e você tem a opção de sair quando deixa de ser interessante.
6- Esteja preparado, as oportunidades aparecem.
7- Nunca esqueça a relação de troca @/recursos (bezerro, terra, máquinas e insumos).
8- Não acredite em tudo o que dizem, mas mantenha-se informado.
9- Concentre-se no que interessa, preço maior = margem maior.
10- Lucro = Receita – Custo. Continue administrando bem seus custos, pois o ciclo muda.
11- A carne sempre sobe mais que o boi.
Essas lições, foram publicadas por Daniel Luizari. Cabe a nós, pecuaristas e participantes da cadeia da carne, refletirmos sobre esses pontos e, acima de tudo, se preparar para a nova pecuária que está chegando, ou já chegou!
O mercado físico mostra resistência em trabalhar em valores menores. Isto porque as programações de abate em São Paulo mostram estagnação desde a terça-feira da semana anterior (3/12). As necessidades urgentes da indústria em algumas regiões tem distorcido os diferenciais de base.
O mercado físico do boi gordo teve preços mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país. “Os frigoríficos se deparam com uma frente confortável em suas escalas de abate, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, e encontram mais espaço para pressionar o mercado, com a queda nos preços no atacado contribuindo para esta estratégia”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
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Segundo ele, há quedas ocorrendo também na Região Sudeste, também por uma situação mais cômoda nas escalas de abate.
Em São Paulo, preços a R$ 205 a arroba, ante R$ 208 a arroba ontem. Em Minas Gerais, preços de R$ 201 a arroba, contra R$ 206 a arroba. No Mato Grosso do Sul, preços em R$ 196,00 a arroba, ante R$ 201 a arroba. Em Goiás, o preço caiu de R$ 201 a arroba para R$ 192 a arroba em Goiânia. Já no Mato Grosso o preço ficou em R$ 192 a arroba, contra R$ 197 a arroba.