Arroba paga R$ 10/@ a mais para garantir a exportação

Os preços do boi gordo seguem pagando mais pelos animais com o padrão exportação; As exportações de carne bovina seguem em ritmo forte e devem bater recorde!

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta terça-feira, 11, com grande movimento positivo para os animais que atendem o padrão exportação. Os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição confortável em suas escalas de abate, que ainda atendem entre cinco e sete dias úteis em média. O destaque e atenção se voltam para os animais jovens!

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, novamente houve algumas negociações acima da referência média. “No entanto, os preços estão acomodados em grande parte do país, muito próximos ao seu topo histórico“, disse Iglesias.

Sem pressa para alongar as escalas de abate, a referência de preço para o boi gordo na praça paulista está estável na comparação feita dia a dia. Segundo a Scot Consultoria, o cenário também é firme para a novilha gorda, cuja cotação subiu R$1,00/@, estando negociada por R$312,00/@, preço bruto e a prazo.

O bom desempenho da exportação de carne tem dado sustentação de preço para bovinos destinados ao mercado chinês. A oferta de compra está firme em R$320,00/@ a R$ 325,00/@, preço bruto e à vista. O mercado paga até R$ 10,00/@ a mais para garantir os embarques e cumprir seus contratos.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 318,09/@, na terça-feira (10/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 297,54/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 311,46/@.

O Indicador do Cepea apresentou grande valorização no fechamento de ontem, os valores sofreram uma desvalorização de 2,12% e saltou de R$ 318,60/@ para o patamar de R$ 316,45/@. O indicador parece ter se estabilizado, seguindo a mesma tendência das demais consultorias!

Exportações aquecidas e mirando recorde

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado alcançou 57,7 mil de toneladas, com uma média diária de 11,5 mil toneladas/dia, avanço de 48% em relação à média de agosto/20 e 53% superior à média diária do julho/21.

O economista Yago Travagini, analisa da Agrifatto, destaca o bom desempenho dos embarques no último mês de julho, que alcançou o volume recorde (para esse mês) de 166 mil toneladas de carne in natura.

“Ainda que a China tenha embarcado boa parte deste montante, a movimentação que “brilha” os olhos é a volta de antigos compradores como o Egito e o Chile, em conjunto com a consolidação dos novos clientes como EUA, Israel e Indonésia”, observa o analista.

O desempenho das exportações de carne bovina na primeira semana de agosto merece destaque, contabilizando um ótimo resultado, uma sinalização de que a boa demanda chinesa persiste em relação à carne bovina brasileira.

Mercado Futuro

Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de valorização das cotações, porém, o mercado segue ainda indefinido em torno de R$ 325 por arroba no outubro. O vencimento para agosto passou de R$ 316,80 para R$ 317,15, do outubro foi de R$ 322,50 para R$ 323,60 e do novembro foi de R$ 326,30 para R$ 329,00 por arroba.

Giro do boi gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo, ante R$ 317 na segunda-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 314, ante R$ 313.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308,00, estável.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba, ante R$ 313.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, a tendência é que as altas pontuais percam intensidade durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.

“O resultado das vendas durante o Dia dos Pais pode ser considerado satisfatório. O movimento de alta foi cerceado pela dificuldade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina, mantendo o processo de migração com destino à carne de frango, proteína mais acessível”, assinalou Iglesias

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 17 por quilo, alta de dez centavos. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 17 por quilo, estável.

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