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Arroba segue em queda, buscando nova referência

Com a instabilidade da arroba se acentuando em todo o país, as indústrias ainda aproveitam para impor baixa na oferta, enquanto os pecuaristas buscam uma nova referência!

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços predominantemente mais baixos nesta quarta-feira, 13, por todas as praças pecuárias avaliadas pelo país. Após a retomada do feriado, sem avanço no consumo interno nesta primeira quinzena do mês, muitos frigoríficos voltaram a exercer pressão, ofertando preços mais baixos. Mas é preciso pontuar que a queda da arroba não é exclusivamente pela saída da China do mercado brasileiro.

Apesar de ser generalizada a grande pressão de baixa, as negociações aconteceram de maneira pontual no decorrer do dia. Espera-se, segundo os analistas, é que os frigoríficos mantenham as tentativas de compra em patamares mais baixos enquanto não houver uma posição concreta por parte da China, e uma retomada do consumo no mercado interno.

Sem novidades no front chinês e com o escoamento lento no mercado doméstico, a cotação da arroba do boi gordo caiu R$3,00/@ e R$2,00/@ para a vaca gorda em São Paulo, na comparação com o último fechamento (11/10). A cotação da novilha gorda está estável.

Os compradores têm comprado um volume reduzido de rebanhos e com a escala de abate irregular. Assim, boi, vaca e novilha gordos são negociados, respectivamente, por R$277,00/@, R$263,00/@ e R$282,00/@, preços brutos e a prazo, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário.

A queda dos preços, apenas na primeira semana de outubro, acumula uma queda de quase 7%. No fechamento de ontem, quarta-feira, os valores voltaram a recuar, segundo o Indicador do Cepea, com uma desvalorização de -0,28%, ficando cotado a R$ 270,50/@.

Por fim, no mês de outubro/21, a arroba persiste em movimento de queda até a terceira semana, chegando a ser negociada em São Paulo a R$ 277,43, considerando o dado mais recente do Balizador GPB DATAGRO, publicado na data de 11/10/2021.

Ainda segundo o Cepea, os preços estão próximos do menor patamar observado pelos últimos 12 meses, conforme o gráfico abaixo. Em dezembro/2020, os preços atingiram média de R$ 266,12/@, seguindo uma trajetória de alta até agosto, onde a média começou a trajetória de queda e, atualmente está próximo de R$ 270,00/@.

Segundo a Agrifatto, os negócios realizados nesta quarta-feira, se concretizaram em sua grande maioria na faixa de R$ 270,00/@. Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para out/21, continuou em desvalorização e fechou o dia cotado em R$ 272,05/@, desvalorizando -2,11 % no comparativo diário.

Segundo a IHS Markit, boa parte das indústrias frigoríficas alega possuir um elevado volume de mercadoria encalhado em suas câmaras frias.

“Alguns frigoríficos já estão deslocando parte da carne que seria despejada no mercado chinês para o mercado interno”, informa a consultoria. Na avaliação dos analistas, o mercado doméstico não mostra fôlego suficiente para absorver toda a oferta vigente de carne bovina, o que contribui para a tendência baixista na arroba dos animais terminados.

Do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas enfrentam problemas para manter os lotes no cocho, tanto em função dos elevados custos com nutrição como pela redução de oferta desses insumos.

Em relação à China, o mercado continua sem novidades, ainda sem um parecer claro por parte do grande importador de carne bovina do Brasil, apesar da inexistência de um entrave sanitário.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 274 na modalidade à prazo, estável na comparação com a terça-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 255, inalterada.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 270 – R$ 271, contra R$ 271.
  • Em Cuiabá, a arroba foi precificada em R$ 260, ante R$ 263.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 275 a arroba, estáveis.

Carne cara garante lucro do frigorífico e prejuízo do produtor

Entretanto, conforme citado acima em relação a suspensão temporária das importações pelos asiáticos, essa trouxe uma pressão negativa nos preços pagos pela matéria-prima. Entretanto, essas baixas não foram repassadas ao consumidor final, o que representa um grande prejuízo para a cadeia da carne, apesar de um único elo estar se beneficiando com tal situação, mesmo que momentaneamente.

Para se ter uma ideia do comparativo, segundo os dados abaixo, os valores apresentados pelo Cepea para a Carcaça Casada, os preços tiveram um recuo de 4,27% – quando comparado o antes e pós vaca louca – enquanto o boi gordo teve um recuo de quase 10% no valor médio, segundo o GPB Datagro.

Atacado

A carne bovina permaneceu com preços estáveis no mercado atacadista. No entanto, o viés para o curto prazo é de queda, considerando a situação dos estoques dos frigoríficos.

“As unidades habilitadas a exportar para a China permanecem com câmaras frias abarrotadas, e já aumenta a possibilidade de terem que disponibilizar esse estoque no mercado doméstico, o que teria forte potencial para derrubar os preços da carne bovina no atacado e no varejo, e isso implicaria em queda dos preços das demais proteínas de origem animal”, disse Iglesias.

Com isso, o quarto traseiro seguiu a R$ 21 por quilo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 14,50 por quilo. A ponta de agulha permaneceu a R$ 14 por quilo.

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