Infelizmente ainda usamos o famoso boi de boiada, que na prática, mostra-se nada produtivo; animais com genética superior ganham espaço
Segundo o IBGE, o rebanho brasileiro passa de 218 milhões de bovinos. Deste total, 30% são matrizes, o que representa um universo de 63 milhões de matrizes. Nesta mesma pesquisa identificou-se que 80% destas matrizes são destinadas a produção de animais de corte. Portanto, o número de matrizes destinadas a produção de gado de corte atinge a impressionante marca de 50 milhões de matrizes.
Infelizmente, ainda predomina no Brasil, o uso do famoso boi de boiada. O pior de tudo é que este famoso, na prática se mostra nada produtivo. Para aqueles que não sabem o que é o boi de boiada, vou lhe explicar: trata-se do método que ainda predomina nas fazendas brasileiras, em que o dono da fazenda identifica em seu rebanho alguns garrotes e utiliza estes animais no cruzamento, através da monta natural, de suas matrizes.
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Por que o uso do boi de boiada não é produtivo? Na pecuária moderna, quando se instala em uma fazenda um sistema produtivo para produção de bezerros, duas palavras são fundamentais para o sucesso: MÉDIA DE PRODUÇÃO E PRECOCIDADE.
O que quer dizer “média de produção” e “precocidade”?
Média de produção é a obtenção de um produto, no caso, bezerros que possuem características iguais, que possuem mesmo padrão de carcaça, desenvolvimento, peso e qualidade.
Precocidade é o atributo dos animais que conseguem se desenvolver de maneira rápida, desta maneira, um animal tardio (aquele que não é precoce) que seria abatido entre 36 a 48 meses, se o pecuarista consegue atingir a precocidade em seu rebanho, ele consegue realizar o abate destes animais em tempo bem inferior, podendo ocorrer o abate de animais com 20 meses.
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Mas por qual razão o boi de boiada não consegue obter a média de produção e a precocidade? O que acontece é que o boi de boiada não possui uma genética comprovada e provada. O boi de boiada é o verdadeiro tiro no escuro.
O diferencial do Touro Nelore Registrado é exatamente todo o controle genético que existe, em que você tem certeza quem são os descendentes daquele animal, você sabe que um técnico da ABCZ avaliou aquele animal e todos os seus descendentes e certificou que o animal atende a todos os padrões da raça. A avaliação do técnico da ABCZ que é o responsável pelo registro do animal é de suma importância, pois é através dela que se cria o famoso PADRÃO. Por apresentarem um mesmo padrão que os animais registrados conseguem produzir animais que possuem boa MÉDIA DE PRODUÇÃO. Ao utilizar boi de boiada, o pecuarista não pode comprovar que ele possui padrão, o boi pode ser bom e bonito, mas você não pode atestar nada sobre os seus descendentes. E na genética, normalmente, um touro vai produzir o que os seus descendentes produzem.
Desta maneira, se você não sabe o que os descendentes de um boi de boiada produzem, ao utilizar o boi de boiada o pecuarista dispara um tiro no escuro. Por isso podemos afirmar que a utilização do boi de boiada é o verdadeiro tiro no escuro que infelizmente ainda está muito presente na pecuária brasileira.
Qual o futuro do mercado de quem utiliza boi de boiada em seu plantel? O futuro é tenebroso para o pecuarista que ainda não se modernizou. Os frigoríficos cada vez mais estão exigindo qualidade na produção de carne. E ao utilizar o boi de boiada, o pecuarista vai ficando cada vez mais distante de produzir um animal de qualidade. Além do mais, o custo de produção de um bezerro para o pecuarista está cada vez maior, enquanto o valor da arroba não aumenta na mesma proporção. O que isso quer dizer? Se o custo de produção aumenta em proporção maior ao valor que o pecuarista consegue vender o seu produto, isso quer dizer que ele irá operar em prejuízo. E operando em prejuízo por vários anos, o pecuarista, que utiliza o boi de boiada, terá apenas duas escolhas: ou utiliza touros registrados qualificando a genética do seu plantel ou terá que encerrar a sua atividade de pecuarista.
O mais impressionante de tudo isso é que o custo de utilizar um Touro Registrado está cada dia mais em conta, a cada dia cabe mais no bolso do pecuarista utilizar uma genética melhoradora. É o investimento mais certo que o pecuarista pode fazer.
Os ganhos são enormes, vamos citar alguns:
- Diminuição do custo de produção devido ao menor tempo em que o animal será destinado para abate. Se o pecuarista reduz o tempo em 30 % a 40%, isso quer dizer um custo bem menor para a produção. A diminuição do custo está diretamente relacionada com a PRECOCIDADE.
- Aumento da qualidade do seu produto, o que faz ter uma maior aceitação no mercado, gerando assim um maior preço na comercialização. A MÉDIA DE PRODUÇÃO está diretamente relacionada com o aumento da qualidade do produto.
Portanto, fica bem claro que o pecuarista só vai conseguir se tornar um pecuarista moderno, se conseguir diminuir o seu custo, através da PRECOCIDADE dos animais e se produzir com qualidade, tendo assim uma MÉDIA DE PRODUÇÃO. E para conseguir se modernizar, o pecuarista tem apenas uma escolha: utilizar Touros Registrados e eliminar o boi de boiada em seu plantel.