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Boi disparou R$ 13,15/@ e frigorífico fica sem escala

Essa retração no volume de animais prontos para o abate foi refletida em mais uma semana de alta, com os negócios a R$ 320,00/@ se tornando referência!

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta sexta-feira, 19, em todas as praças pecuárias pelo país. Pautado em um ambiente que a oferta restrita continua firme, algumas unidades frigoríficas passam a se ausentar da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo, deixando uma grande lacuna nas escalas de abate.

A oferta do boi gordo continua escassa nas principais praças do país, o que mantém as escalas de abate encurtadas e a média nacional estável na casa dos 5 dias úteis. Essa retração no volume de animais prontos para o abate foi refletida em mais uma semana de alta, com os negócios a R$ 320,00/@ se tornando referência!

Os preços da arroba do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, voltaram a subir em novembro, teve nova disparada de preços com uma valorização diária de 0,37%, fazendo com que o preço ficasse cotado a R$ 314,15/@, acumulando uma valorização de quase 22,19% no mês de novembro. Ainda dentro desse cenário, o boi brasileiro para a ser negociado na média de US$ 56,06/@.

Conforme avaliado, os preços subiram cerca de R$ 13,15/@ na média, quando comparado ao fechamento da sexta-feira anterior. Só no mês de novembro a alta já chegou a R$ 57,05/@, apoiado na baixa oferta de boiada gorda. Veja o gráfico!

Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 312,00/@ a R$ 320,00/@. A melhor negociação do dia ficou para Sales Oliveira/SP, com preço pago de R$ 320,00/@ na boiada gorda, com pagamento à vista e abate no dia 24 de novembro.

Muitas são as negociações neste patamar, deixando o preço como referência para o estado! Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 317,01/@, na sexta-feira (19/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,24/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,17@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 298,83/@.

Na comparação diária, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@ e a cotação da novilha gorda R$1,00/@. A cotação da vaca gorda ficou estável. No decorrer da semana, a cotação do boi gordo subiu R$12,00/@, a da vaca gorda R$10,00/@ e a da novilha gorda R$11,00/@, segundo o comparativo da Scot Consultoria. 

“Não haverá refresco em relação à oferta no restante do ano, o que sem dúvida é o grande ponto de sustentação em um momento em que ainda são evidenciadas incertezas em relação à demanda de carne bovina”, disse Iglesias da Safras & Mercado. 

No curtíssimo prazo, afirma o analista, tudo leva a crer que esse equilíbrio se dará sem a China nas compras. Logicamente que ninguém sabe quando as compras serão retomadas, porém as sinalizações recentes apontam para a volta somente em 2022.

Escalas de Abate

A oferta do boi gordo continua escassa nas principais praças do país, o que mantém as escalas de abate encurtadas e a média nacional estável na casa dos 5 dias úteis. Confira:

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 7 dias úteis já programados, avanço de 3 dias no comparativo semanal.
  • Em Tocantins a escala se manteve estável e os abates estão programados para 7 dias úteis.
  • Os frigoríficos mineiros e goianos e mato-grossenses fecharam a semana com 5 dias úteis programados, mantendo-se estáveis ante a semana anterior.
  • Em Mato Grosso do Sul, as programações de abate se encontram em 4 dias úteis, queda de 2 dias no comparativo semanal.
  • Já as indústrias rondonienses encerraram a sexta-feira com as escalas estáveis quando comparado a semana passada, na casa dos 3 dias úteis preenchidos.

Exportações

A Rússia removeu as restrições que mantinha desde 2017 para as exportações de carne bovina de um frigorífico brasileiro e habilitou outro para iniciar as vendas para lá. As autoridades russas oficializaram a decisão sobre as duas unidades no início desta semana e informaram pessoalmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na última quarta-feira.

Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra disse que além da reabertura para as duas unidades, o governo russo prometeu uma visita ao Brasil no primeiro trimestre de 2022 para vistoriar mais frigoríficos e analisar a retirada da suspensão de outras empresas. Tereza Cristina cumpriu agenda em Moscou até ontem.

A China segue sem se posicionar, mantendo a carne bovina brasileira descredenciada. Assim, não há uma previsão concreta de quando haverá a retomada das compras por parte do principal importador de carne bovina brasileira. 

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 314 na modalidade a prazo, contra R$ 310 na quinta-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, ante R$ 308.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 291, ante R$ 290.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 – R$ 317 por arroba, contra R$ 310. 

Preços no atacado 

O mercado atacadista voltou a apresentar preços mais altos em alguns cortes para a carne bovina. O ambiente de negócios ainda sugere por algum espaço para reajustes em meio ao ápice do consumo no mercado doméstico. O ponto de inflexão segue na capacidade do consumidor brasileiro em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo, mantendo o processo de migração rumo a proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango.

Importar gado vai resolver falta de boi gordo no Brasil?
Foto: Fazenda Uberaba

“Outro aspecto que pode limitar as altas da carne bovina e do restante da cadeia pecuária está no volume de carne estocada nas câmaras frias aguardando uma posição da China. “Se, porventura, esse adicional de oferta for colocado no mercado doméstico haveria espaço para segurar os preços”, disse Iglesias. 

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 22,75 por quilo. O quarto dianteiro atingiu o patamar de R$ 14,50 por quilo, alta de R$ 0,20. A ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 14,15 por quilo.

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