Boi gordo: Negócios começam a decolar

A região Centro-Sul do país começa a registrar um maior número de negociações conforme o período de seca se aproxima

Com o dólar recuando 2,47% ontem (29/abr), a cotação do milho no mercado físico se tornou mais atrativa aos compradores, e o volume de negócios melhorou, no entanto, o mercado spot ainda segue parado, com os compradores visualizando o comportamento do dólar e do coronavírus no Brasil. No mercado futuro brasileiro, o contrato para setembro/20 recuou 1,76%, voltando ao patamar dos R$ 43,00/sc.

Nos EUA, puxado pelo petróleo, o contrato do milho para setembro/20 registrou alta de 0,86% no comparativo diário, ainda assim, a preocupação segue alta com a demanda do setor de produção de biocombustível, que registrou o menor nível de produção pela quarta semana consecutiva.

Foto: AGROinBLUE

O volume de negócios começa a aumentar gradualmente, principalmente, na região Centro-Sul do Brasil que sofre com maior a pressão gerada pela estiagem. Por ora, os preços se mantêm estáveis, mas o aumento da oferta deve balançar as cotações.

Em São Paulo, a arroba do boi gordo vem sendo negociada na faixa dos R$ 185-190, com um prêmio para animais que atendam aos padrões de exportações (até 4 dentes) que varia entre R$ 5,00 e 10,00/@.

No mercado futuro houve um baixo fluxo de negociações, com o contrato de abril, que será liquidado hoje (30/04), encerrando a quarta-feira em R$ 202,35/@ (-0,35%). Já o maio, contrato mais negociado do dia, fechou o dia em R$ 193,90/@ (-0,26%).

Foto: Embrapa

Com o dólar voltando ao patamar de R$ 5,34, a onda de negócios a valores históricos se dissipou em terras brasileiras. Os preços físicos recuaram e conforme a divisa norte-americana for se desvalorizando a tendência é que os preços da oleaginosa recuem também. No Brasil, o mercado da soja deve passar o próximo mês sendo afetado principalmente pela variação da moeda norte-americana.

Nos EUA, a valorização do petróleo puxou o óleo de soja que registrou alta de 1,90% ontem, e esta trouxe consigo a cotação da oleaginosa, que no contrato futuro para maio/21 fechou cotada à US$ 8,32/bu. A desvalorização do dólar frente ao real também deu alento as cotações da soja nos EUA.

Análise é da Agrifatto

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