Boiada segue em alta a R$ 320/@, mesmo com pressão

A seca segue reduzindo a capacidade nutricional dos pastos e a indústria tenta pressionar o pecuarista, mas preço da arroba segue a R$ 320,00, veja!

O mercado do boi gordo seguiu a mesma trajetória dos dias anteriores, com grande pressão de baixa, mas surtindo pouco efeito. Nesta terça-feira, 27 de abril, o mercado brasileiro do boi gordo apresentou preços mistos para os preços da arroba em algumas praças pecuárias, mas segue firme em R$ 320,00 em importantes praças pecuárias!

Cotação estável na comparação feita dia a dia, com programações de abates relativamente confortáveis, atendendo em média seis dias. Além disso, o movimento diário de queda tem sido de baixa intensidade, apesar da piora na qualidade das pastagens. Confira abaixo!

O boi gordo que atende o mercado interno está apregoado em R$312,00/@, preço bruto e a prazo. Os negócios para vaca e novilha gordas estão ocorrendo em R$290,00/@ e R$303,00/@, nesta ordem, nas mesmas condições. 

Houve ofertas de compra com preço abaixo da referência, porém, sem sucesso. O valor para os animais que atendem o padrão da exportação seguem ainda em melhores preços, sendo apregoado a R$ 320,00/@ com destaque para a praças paulistas.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 311,49@, na terça-feira (27/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 286,82/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,89/@.

Já o Indicador do Cepea, apresentou leve desvalorização e saltou de R$ 315,60/@ para o patamar de R$ R$ 313,40/@. A valorização da Indicador já passa de 60% nos últimos doze meses. Segundo o app, o pecuarista de Mirante do Paranapanema/SP, vendeu boiada pelo valor de R$ 320,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 03 de maio.

As programações de abate vão alongando, aliados a menor atuação das plantas frigoríficas e também um aumento, ainda pequeno, da oferta de animais prontos para abate. Em São Paulo, encerraram o dia com 7,0 dias úteis. 

Na B3, o dia foi positivo, com o contrato futuro com vencimento em maio/21 fechando o dia em R$ 311,55/@, acréscimo diário de 0,79%. Já o junho/21 avançou 0,91% e encerrou o dia em R$ 315,00.

Do lado de dentro da porteira, os pecuaristas enfrentam um período de grande dificuldade. As condições de pastagem já não permitem a terminação ou retenção de animais. “Devido aos altos custos de nutrição, os produtores são obrigados a ofertar os seus animais, mesmo abaixo do peso ideal”, observa a IHS.

Há relatos de antecipação do confinamento em algumas propriedades, em uma tentativa de driblar as consequências da provável quebra da safrinha de milho, acrescenta a consultoria.

Exportação

O mercado interno de carne bovina segue fragilizado, e o setor ainda usa o mercado externo como pilar de sustentação dos preços do boi gordo, apesar de relatos de empresas que atuam com margens negativas.

Até a quarta semana de abril, segundo dados preliminares da Secretaria de Comercial Exterior (Secex), as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 106,6 mil toneladas, com uma média de 7,11 mil ton./dia, representando expansão de 22,2% quando comparado ao volume do mês de abril de 2020.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 314, estável na comparação com a segunda-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295, inalterado.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 310, contra R$ 310 – R$ 311.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram mistos. Conforme Iglesias, a queda se concentra no quarto traseiro, pois os cortes nobres seguem menos demandados em um momento de evidentes dificuldades macroeconômicas. “Foi evidenciada alta da ponta de agulha, corte mais acessível. A expectativa é de alguma reação dos preços da carne na próxima virada de mês, avaliando a entrada dos salários na economia, somado as  comemorações relativas ao Dia das Mães, diz Iglesias”.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,65 o quilo, queda de 20 centavos. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha passou de R$ 17,90 o quilo para R$ 17,95 o quilo.

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