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Cereal de inverno merece atenção com pragas e doenças

Lavouras de trigo no País pouco sofreram com as geadas do início de julho, porém os cuidados com as culturas seguem até o final da safra e não devem sair do radar do produtor

Os cereais de inverno não foram impactados de forma intensa com as geadas que ocorreram no Brasil na primeira semana de julho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicável (Cepea), principalmente porque estavam em grande parte no período inicial de desenvolvimento das culturas. Dados da Conab indicam que a área nacional de trigo deve chegar a 2,62 milhões de hectares, o que pode gerar uma produção recorde, de 8,48 milhões de toneladas. Um salto de cerca de 36% em relação à safra passada.

Contudo, esta cultura além das intempéries, ainda sofre com perdas significativas de produção por fungos e bactérias, que causam doenças e pragas muitas vezes devastadoras. Segundo o engenheiro agrônomo e diretor comercial da Ascenza no Brasil, multinacional portuguesa pertencente ao grupo Rovensa, Renato Francischelli, a diversidade de regiões produtoras de trigo no Brasil ainda é um agente dificultador da padronização para estratégias de manejo de combate e precaução deste cenário.

Ainda segundo ele, entre as principais doenças que acometem o trigo, pode-se destacar nove delas: Estria Bacteriana, Brusone, Mancha Amarela, Mancha Marrom da Folha, Nanismo-amarelo da Cevada, Mosaico do Trigo, Oídio, Ferrugem da Folha e ainda a Giberela. “Como são muitas, indicamos com um primeiro passo para o sucesso no manejo, a correta diagnose, entendimento das condições favoráveis para sua ocorrência e o conhecimento das medidas de controle disponíveis para o que está afetando a lavoura”, aponta o profissional.

Baseados ainda nas regiões produtoras do cereal, é importante que o triticultor esteja atento àquelas doenças mais comuns que afetam aqueles locais próximos, assim como as medidas de controle indicadas por profissionais do setor para aquele determinado local. “Não existem receitas prontas para todos os produtores de trigo do Brasil. É preciso levar em conta as especificidades de cada região, solo, clima, perfil e área. Cada propriedade deve ser analisada caso a caso, lavoura a lavoura e aí traçar as medidas mais efetivas para cada situação. Daí a importância de sempre buscar ajuda técnica especializada, seja na revenda, cooperativa ou nas multinacionais”, destaca Francischelli.

Mais atenção

Outros detalhes e fatores também devem ser levados em consideração também para que haja o sucesso de um programa de tratamento fitossanitário. “Muitos deles inerentes à aplicação de fungicidas em si, como por exemplo: a escolha da cultivar, a adubação equilibrada, a densidade de semeadura e a cobertura de nitrogênio. O controle fitossanitário é uma ferramenta importante para a minimização das perdas pelas doenças e estes dependem ainda da origem e qualidade dos produtos utilizados. É preciso que eles tenham eficiência comprovada, e ainda aplicá-los quando as condições meteorológicas e biológicas forem favoráveis para isso”, explica o gerente. O profissional aponta ainda que é muito relevante considerar quatro pontos, por exemplo, na aplicação específica de fungicidas, o timing, a cobertura, a dose correta e a segurança.

Opções para o triticultor

Existem várias opções no mercado de produtos efetivos para o combate às doenças do trigo. A Ascenza tem em seu portfólio dois registros para a cultura, o Magic e o Cuprital 700. O primeiro é um fungicida a base de Iprodiona ou Dicarboxamida, com efeito de contato e que afeta todas as fases de desenvolvimento de fungos que causam manchas foliares no trigo, como Dreschlera tritici-repentis + Bipolaris sorokiniana.

O Magic também possui regristro para uso na cevada contra a Mancha-reticular “É altamente recomendado para programas de manejo anti-resistência, pois é flexível, com compatibilidade para diferentes fungicidas em programas de controle de doenças no cereal. Também não causa fitotoxicidade, ou seja, não interfere no crescimento e desenvolvimento do trigo”, detalha o engenheiro agrônomo.

Em um experimento realizado por uma instituição de pesquisa em 2018 na região dos Campos Gerais no Paraná, a fim de avaliar a eficiência de controle de manchas foliares com multissítios em trigo, o produto em questão alcançou controle de cerca de 66%, quando aplicado isoladamente, e quando em mistura com fungicidas de sitio específico podem alcançar cerca de 90% de controle, em comparação com o maior índice alcançado por um dos outros padrões de tratamento com os concorrentes de mercado, que atingiu 52%, são 27% a mais.

A Ascenza também lançou recentemente o Cuprital 700SC, fungicida bactericida protetor multissítio com alta concentração de oxicloreto de cobre e respectivo equivalente em cobre metálico (Cu2+). Seu uso visa diminuir o risco de desenvolvimento de resistência dos patógenos causadores da doença, sempre de forma preventiva, antes da incidência da mesma.

O produto atua em diferentes pontos dos fungos, esta característica é exatamente uma das ferramentas que deve impactar na resistência desses organismos. “O Cuprital tem três grandes pontos de exclusividade: formulação líquida com suspensão concentrada, alto índice de cobre metálico, 700g/lt e ele ainda é classificado toxicologicamente como 5, ou seja, dentre os produtos à base de Cu2+ nas formulações WG e SC, ele tem a toxicologicamente menos restritiva”, finaliza o diretor comercial da Ascenza no Brasil.

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