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Criadora no Acre é homenageada no Mancha Crioula 2020

Margarete Kitaka Mendes vê futuro promissor para a raça Crioula na região Norte do país; “Vencendo fronteiras com o Cavalo Crioulo e divulgando seu trabalho”.

Vem do Acre a homenageada deste ano do Mancha Crioula 2020. O evento ocorre de 13 a 15 de fevereiro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e conta com leilão e a exposição nacional de Tobianos, Oveiros e Bragados. A pecuarista Margarete Kitaka Mendes cria gado Nelore em Cruzeiro do Sul (AC), no sul da Amazônia Ocidental, na fronteira entre o Acre e o Amazonas, há mais de 15 anos. Além disso, se dedica também a criação de Cavalos Crioulos na região.

O criatório de Margarete fica em uma região de florestas densas e altas, onde a lida com o gado é um desafio diário. “Por vários anos usamos burros e cavalos comuns, sem uma raça definida, pois havia uma grande dificuldade em conseguir bons animais. Precisávamos de cavalos resistentes que conseguissem tirar o gado da mata fechada”, salienta. Até que chegou o primeiro Cavalo Crioulo de toda região, um presente de seu irmão. Vieram também algumas éguas meio sangue crioulo. “Percebemos que estas éguas, apesar de mestiças, eram muito boas, muito diferentes dos animais que tínhamos.”, observa. Daí nasceu o interesse pela raça, a criação como consequência e, o inevitável: a paixão pelo Cavalo Crioulo. Hoje não tem cavalo que não seja Crioulo em sua tropa.

A criação inicialmente foi para produzir cavalos de serviço. Com a vinda dos primeiros animais, oito éguas e um garanhão, nasce o amor pela criação. “A paixão por cavalos foi herdada de meu avô que transmitiu isso para filhos e netos. Ele tinha uma tropa de rodeio que na época alugava para a Festa de Barretos”, conta. Dentro de sua criação, a preferência por cavalos de pelagem manchada tem origem na paixão pelos cavalos Pampa da infância, muito comuns no interior de São Paulo, onde cresceu. “Nosso objetivo é unir boa genética às pelagens manchadas que, sem dúvida, é um grande desafio”, ressalta Margarete.

Quanto as perspectivas Margarete vê um futuro promissor para a raça na região. Vencendo fronteiras com o Cavalo Crioulo e divulgando seu trabalho. “Estamos conquistando nosso espaço entre os pecuaristas locais, devido a notável capacidade de adaptação, resistência, rusticidade e docilidade destes animais. Em um país de dimensões continentais, com climas e ambientes tão distintos, só a raça crioula é capaz de se adequar às grandes diferenças entre as regiões do Brasil. Por isso eu vejo com muito otimismo, o crescimento da raça por aqui, porque acredito que o cavalo crioulo é o cavalo para o Brasil”, completa a criadora.

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