Cultivo de plantas aromáticas agrega valor com extração de óleo essencial

Os óleos essenciais têm um alto valor agregado e contam com um mercado em ascensão, sendo uma alternativa de renda para a agricultura familiar.

Elas podem ter propriedades calmantes ou estimulantes, antidepressivas, ansiolíticas, antissépticas, entre outras. A produção das principais espécies de plantas aromáticas cultivadas pelos agricultores familiares para a extração de óleo essencial pode ser conferida no espaço das plantas bioativas da Emater/RS-Ascar, na Expointer.

Utilizados na aromaterapia, que inclusive é uma das práticas integrativas e complementares do Sistema Único de Saúde (SUS), os óleos essenciais têm um alto valor agregado e contam com um mercado em ascensão, sendo uma alternativa de renda para a agricultura familiar, seja na diversificação das propriedades, no turismo rural ou mesmo no associativismo. “Em municípios como Morro Reuter, Ivoti, Santa Maria do Herval, e em regiões da Serra, como Picada Café, os agricultores estão implantando campos de lavanda e fazendo experimentos” explica a extensionista da Emater/RS-Ascar, Márcia Londero. “Inclusive em Morro Reuter, onde acontece a Festa da Lavanda, foi fundada a primeira associação de produtores e extratores de óleo essencial da planta, com 23 sócios”, completa.

No espaço na Expointer, os visitantes podem conhecer quatro espécies de lavanda, os princípios ativos de cada uma, o rendimento, a adaptação à região e aspectos da produção, além de outras espécies de plantas aromáticas, como: verbena, malva-cheirosa, alecrim e capim-limão. Márcia explica que os cultivos de lavanda requerem pouca oferta de água e de mão-de-obra. “Como é uma planta aromática, ela mesmo espanta as pragas e os insetos que podem atacá-la, não exigindo muitos cuidados e nem necessitando adubação especial”, explica.

Um modelo de extrator de óleo essencial também está exposto no espaço para os visitantes conhecerem o processo. A extensionista esclarece que o equipamento tem um valor médio de R$ 30 mil, sendo necessária uma grande quantidade de massa verde para a extração de um litro de óleo essencial. “Por isso ele é tão valorizado”, salienta Márcia. O processo de extração também gera outro produto, o hidrolato, que é a água destilada com partículas do óleo essencial, que tem as mesmas propriedades do óleo, só que diluídas, o que é comercializado por um valor bem mais em conta. Enquanto um litro de óleo essencial de lavanda é vendido direto do produtor para o consumidor por R$ 850, o litro do hidrolato é vendido por R$ 10 a 20.

Além de serem uma alternativa para a agricultura familiar agregar valor à produção primária para venda como óleo essencial, os lavandários também são espaços que embelezam. “Então tem o lado também do turismo, com as pessoas procurando esses

locais para conhece-lo”, diz Márcia, destacando que já existem alguns nas regiões produtoras, inclusive com pousada e gastronomia.

Fonte: Emater/RS-Ascar
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