Em quanto tempo terei um rebanho PO usando touros melhorados? Confira!

“É um processo rápido e o mais importante: ter registro, utilizando sempre touros melhoradores e identificar também as matrizes como matrizes melhoradoras”

O gado nacional registrado e importado é considerado como puro de origem (PO) e o gado obtido por cruzamento absorvente é registrado como puro por cruzamento (PC). Já dentro da avaliação fenotípica, ou seja, avaliação visual no campo, a primeira categoria de registro é a PA, que é a pura por avaliação. E, todas essas classificações são dos gados mais valorizados no mercado agropecuário. Mas, demora para conseguir um rebanho PO usando touros melhorados, os chamados Deca 1?

Primeiro vamos entender a classificação. Os animais Deca 1 são aqueles classificados entre os 1% a 10% melhores em sua categoria; os animais Deca 2 são os melhores entre 11% a 20%; os Deca 3, são os melhores entre 21% e 30%, e assim sucessivamente, isso na informação de um sumário como o do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PGMZ), que é o sumário da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) para todas as raças zebuínas.

Para o Ricardo Abreu, zootecnista e gerente de fomento da ABCZ, utilizando da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) para enxertar suas vacas com touros Deca 1, é importante que realmente o criador continue tendo esse crivo, isto é, utilizando os touros geneticamente superiores, no caso os Deca 1.

“Sempre utilizar touro melhorador é a premissa fundamental, mas, além do touro, você tem que conhecer o seu rebanho, conhecer as suas fêmeas para que realmente você tenha confiabilidade de que essa fêmea, que é a matéria-prima tanto para produção de carne como de leite, seja melhoradora. A gente sempre lembra que, independentemente do produto, 50% da genética desse bezerro ou dessa bezerra vêm do touro e 50% vêm da linha materna, da matriz. Então é importante você ter a ferramenta para conhecer as suas fêmeas, o que pode ser feito através de programas como o PMGZ e o PMGZ comercial”, exemplificou.

Abreu explicou que, dentro da avaliação fenotípica, isto é, avaliação visual do técnico da ABCZ no campo, a primeira categoria de registro é a PA, que é a pura por avaliação, e, caso essa fêmea não apresente nenhum problema morfológico, ela pode ser registrada PA em qualquer uma das raças zebuínas, seja Brahman, no Indubrasil, no Tabapuã, no Guzerá, no Sindi, Nelore, Nelore Mocho, no Punganur.

“Após registrada PA (antigo LA – livro aberto) e inseminada ou fertilizada na monta natural com touro Zebu PO, a filha dela será pura por cruza, é na categoria PC, que já tem ventre PO (puro de origem). Então praticamente de um rebanho cara limpa, que você faz PA, depois PC e chega no PO, são duas gerações. É um processo rápido e o mais importante: você ter essa questão do registro, utilizando sempre touros melhoradores e identificar também suas matrizes como matrizes melhoradoras”, afirmou o zootecnista.

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