Fundo visa captar R$ 750 milhões para investir no agro brasileiro

Oportunidade para quem tem um dinheiro guardado e gostaria de investir no agronegócio mas não tem expertise e dinheiro suficiente para comprar uma fazenda

Um dos lançamentos de investimentos mais esperados dos últimos meses (IPO), o fundo de investimento imobiliário busca atender aos investidores que querem exposição ao agronegócio brasileiro. O objetivo principal do fundo Riza Terrax é financiar produtores que irão gerar rendimentos recorrentes, além da recompra de terras agrícolas por uma taxa pré-fixada.

É natural que ativos direcionados a terras agrícolas despertem o interesse dos investidores, uma vez que este setor pode simbolizar um divisor de águas na indústria ao acessar propriedades rurais, onde a valorização histórica mostra que a geração de renda pode ser ainda melhor combinada com a proteção do patrimônio (hedge contra a inflação).

A Oferta Pública Inicial (IPO) do FII RZTR11 visa captar R$ 750 milhões. A XP será a Coordenadora Líder e as reservas poderão ser feitas entre 14/09 e 28/09/2020. Lembrando que a aplicação mínima é 250 cotas (R$ 25 mil).

O setor de agronegócios foi essencial durante a pandemia, reforçando seu viés defensivo. Assim, é factível considerar, em nossa análise, que o FII Riza Terrax vem a mercado em um momento oportuno, sobretudo pela constante necessidade de funding (financiamento) por parte dos produtores agrícolas.

A demanda por alimentos é crescente e isso não será diferente pelos próximos 20 ou 30 anos, sobretudo pelo êxodo rural que deverá urbanizar ainda mais as cidades. A discussão em torno da produção de alimentos com qualidade ganha relevância em escala global e, portanto, termos a presença deste setor na indústria de FIIs nos parece uma consequência natural.

O Brasil possui terras férteis, clima favorável, boas condições de solo e relevo, ausência recorrente de desastres naturais e, portanto, figura como o 3º maior exportador agrícola do planeta. Lembrando que há espaço para implantação de novas tecnologias visando aumentar as áreas cultiváveis.

Sendo bem pragmáticos em nossa análise: o RZTR11 pode ser entendido como um FII que buscará financiar produtores, os quais terão a obrigação de pagar juros anuais equivalentes a 6% e que, ao longo da operação, deverão ainda recomprar suas próprias terras agrícolas, considerando a correção adicional de 6% ao ano.

Apesar do alto volume inicial da Oferta, o inventário de terras no Brasil é imenso. Some isso ao fato de que, historicamente, o agronegócio tem funcionado como fonte de crescimento do PIB global.

Portanto, a decisão final de se investir no RZTR11 não deve ser, exclusivamente, ancorada em função do Dividend Yield (Rendimento de Dividendo) anual. Pelo contrário, a estratégia visa calibrar renda e proteção patrimonial com boa margem de garantia, uma vez que a diversificação no setor do agronegócio tende a figurar como divisor de águas para os FIIs.

A Suno Research fez um relatório completo do fundo, clique aqui para baixar.

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