Grupo que nasceu na cidade de Bauru (SP), vira referência na pecuária nacional; balizador de preço da arroba é uma das suas grandes idealizações.
O Grupo Pecuária Brasil (GPB) está ajudando a impulsionar a pecuária nacional e a fortalecer a cadeia produtiva do setor. Criado em Bauru há seis anos, ganhou adeptos em outras cidades e estados e, atualmente, conta com mais de 14 mil participantes, divididos em 108 grupos regionais, que trocam informações pelos aplicativos Telegram e WhatsApp. Neste sábado (14), cerca de 180 membros se reuniram no Haras Canarim, em Bauru, para comemorar os avanços conquistados nesses anos.
“Nós percebemos que havia essa lacuna na pecuária, que era a falta de união, e resolvemos quebrar esse paradigma e trazer o pessoal para um ambiente produtivo, onde pudéssemos levar informação de qualidade, tecnificar o produtor e encaminhar ele para uma cooperativa, não só de produtores, mas também de exportadores”, explica o presidente do GPB, Oswaldo Furlan Junior.
Ele classifica o atual momento da pecuária nacional como “delicado”, mas ressalta que a situação está se normalizando. “Foi feita a liberação das plantas para a China, na entressafra. O mercado interno vinha em recuperação de consumo. Teve pagamento de FGTS e entrada de 13.º, que puxaram o consumo, quando a gente não esperava. O produtor, querendo ter melhor remuneração na sua arroba, acabou segurando e segurou um pouco demais. Agora o mercado vem se equilibrando. A arroba já voltou a R$ 40,00. Não queremos penalizar a população. Só que não podemos esquecer que nossa arroba produzida está há seis anos sem correção”, comenta.
Para o deputado estadual Itamar Borges, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista, o grupo ajudar a fortalecer o setor. “O GPB foi importante para a criação da Frente Parlamentar em São Paulo. Também está presente na nossa luta desde quando enfrentamos a questão da tentativa de proibir a exportação de animal vivo de São Paulo”, lembra.
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Maurício Velloso, presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), veio de Porangatu, Goiás, para participar do encontro. “O GPB é um grupo que procura conscientizar os produtores sobre quais são suas reais necessidades e desafios e, de forma bastante didática, fazer com que este grupo esparramado e pulverizado de pecuaristas se entenda como classe e procure fazer pleitos que beneficiem a classe e a sociedade”, finaliza.
Adaptado do Jornal da Cidade Bauru
