Os preços da arroba alavancaram uma alta por dois dias consecutivos e fecha a semana com maior otimismo para o pecuarista; Preços podem subir mais!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos no último dia da semana, 05, com uma queda nas escalas de abate e melhora pontual no mercado interno. Pecuarista começa a ver uma reação positiva nas ofertas e, com isso, cadenciam o volume de animais ofertados. Esgotamento de oferta de boiadas confinadas e redução nas escalas de abate dos frigoríficos elevam negócios no campo, estimulando preços da arroba em algumas regiões do País.
O fechamento da semana apontou o que já havia sido previsto pelo Portal: “o boi gordo mostra tendência de alta com ou sem a China no mercado”, apoiado na melhora da margem dos frigoríficos e queda nas escalas de abate, o mês de novembro pode encerar com uma média de R$ 290,00/@. Veja como o mercado se comportou e o que esperar do boi gordo!
O mercado está reagindo (pelo segundo dia) em função da mudança da oferta de bovinos confinados que diminuiu. As escalas de abate encolheram, atendendo em média, 4 dias, o que fez os compradores ofertarem mais pela arroba do boi gordo.
As ofertas de compra para o boi gordo melhoraram RS2,00/@. Portanto, paga-se R$265,00/@, a prazo e bruto, R$264,50/@, descontado o Senar, e R$261,00/@, descontado o Senar e o Funrural, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 267,97/@, na sexta-feira (05/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 244,76/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 268,60@.
Ainda segundo o app, o preço em São Paulo já varia de R$ 260,00 a R$ 275,00. Segundo os pecuaristas de São Paulo, mais precisamente na praça de Buritama, o pecuarista negociou a R$ 280,00/@ à vista e com abate para o dia 08 de novembro, mostrando que as escalas estão apertadas na região.
Negociação a 285,00
Ontem, novamente, foram reportadas ao Portal Compre Rural negociações a R$ 285,00/@ na região paulista. Segundo o informativo do GPB, a máxima foi negociada a R$ 285,00, corroboram com as informações obtidas com exclusividade pelo portal.
O Indicador do Boi Gordo CEPEA, teve uma leve desvalorização e saltou para a casa de R$ 264,60/@ com uma queda de -1,18% e, segundo a instituição, o indicador já acumula uma alta de 2,92%. Esse fator contribuiu para que a arroba do boi brasileiro, negociada em dólar, subisse para US$ 48,02/@.
Escalas recuam e indústrias ofertam mais
O mês de novembro se inicia com as escalas de abate mais curtas. A média nacional recuou em relação a semana passada e está na casa dos 6 dias úteis, o que está pressionando os frigoríficos de algumas regiões a ofertarem mais pela arroba do boi gordo.
- Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 6 dias úteis já programados, recuo de 2 dias no comparativo semanal.
- Os frigoríficos mineiros e goianos fecharam a semana com 8 dias úteis programados, ambos estáveis no comparativo semanal.
- Em Tocantins a escala recuou 1 dia e os abates estão programados para 7 dias úteis.
- Os frigoríficos sul-mato-grossenses possuem programações de abate em 6 dias úteis, queda de 1 dia no comparativo semanal.
- Em Mato Grosso do Sul , as escalas recuaram 2 dias e os frigoríficos possuem 5 dias úteis programados.
- Já as indústrias rondonienses encerraram a sexta-feira com as escalas estáveis quando comparado a semana passada, na casa dos 3 dias úteis preenchidos.
Exportação de carne bovina atinge 82,187 mil toneladas em outubro
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 424,619 milhões em outubro (20 dias úteis), com média diária de US$ 21,231 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 82,187 mil toneladas, com média diária de 4,109 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.166,50.
Em relação a outubro de 2020, houve perda de 38,50% no valor médio diário da exportação, queda de 49,48% na quantidade média diária exportada e valorização de 21,73% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Mercado aquecendo os preços
A queda no número de bovinos abatidos nos últimos dois meses (setembro e outubro), diz a consultoria, serviu para adequar um pouco melhor a produção de carne à demanda vigente, sobretudo depois da paralisação dos envios da mercadoria à China.
Dessa maneira, depois desse longo processo, o setor vem sendo amparado pela recuperação do consumo interno, efeito sazonal gerado pela chegada de uma maior entrada de massa salarial típica de final de ano, com o pagamento do 13º salário.
Além disso, a abertura total das atividades econômicas no País também ajudou a ativar a demanda doméstica pela carne bovina.
No atacado, as vendas registraram maior intensidade, a ponto de permitir altas nos preços dos todos os principais cortes bovinos, com destaque para as peças de traseiro.
Na visão da IHS Markit, a entrada da massa salarial, associado à abertura plena do comércio em importantes centros consumidores, deve manter suporte à firmeza dos preços da proteína e devolver liquidez no mercado físico.
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Mercado atacadista de carne bovina com osso
Com menor número de boiadas abatidas nessa semana e uma demanda relativamente melhor, típica do período, a comercialização da produção apresentou maior liquidez e resultou em altas nos preços.
A carcaça de bovinos castrados está precificada em R$17,51/kg e a de bovinos inteiros em R$17,07/kg, aumento de 5,3% e 5,2% na comparação semanal, respectivamente.