
Supermercados da periferia de São Paulo instalam alarme antifurto em carne e entregam bandejas vazias para evitar roubos; quilo da carne subiu 20% em média neste ano
Os supermercados localizados em bairros na periferia da cidade de São Paulo estão protegendo ao máximo a venda de carne para evitar roubos. No Jardim Ângela, na zona sul, funcionários de uma grande rede de mercados pesam o produto, dão uma bandeja vazia ao cliente e só entregam a carne depois de pagar no caixa. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), não há ilegalidade nas práticas da bandeja vazia e do alarme, e os mercados podem fazer isso com produtos que considerem muito visados. Procon destaca que práticas não podem ser discriminatórias.
Em Itaquera, na zona leste da capital paulista, estabelecimentos instalaram alarme em todas as peças. O argumento é que, depois do aumento do preço no alimento, houve repetidos casos de furtos. Em bairros ricos, no centro expandido, essa prática não aconteceu. O preço do quilo da carne subiu 20% em média neste ano comparado a 2020, no estado.
O que dizem os supermercados
Em nota, as redes Sam’s Club e Big, que vendem carnes com alarme, disseram que este é um procedimento padrão em toda rede e que é adotado também em outros produtos. O Carrefour também disse que trata-se de um padrão que é usado por questão de segurança.
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Também em nota, o supermercado Assaí, que teria seguranças só para o açougue, disse que trabalha com equipes de segurança para toda loja, e que não há qualquer orientação para produtos específicos.
Pesquisa Datafolha divulgada em 20 de setembro pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de alimentos desde o início do ano, com destaque para carne de boi, arroz, feijão, frutas, legumes e pão. O ovo, ao contrário, ganhou espaço nos lares do país como substituto da proteína, segundo o levantamento, realizado entre 13 e 15 de setembro.
Adaptado do G1