Milho: Preço dispara e preocupa; “Até onde vai?”

Preço do milho no mercado físico supera os R$ 93,00/sc em São Paulo e referência futura para maio/21 encosta novamente nos R$ 95,00/sc.

Devido ao atraso e irregularidades das chuvas em quase todo o território brasileiro, segundo estimativas da Conab a produção de milho 1º safra no Brasil será a menor das últimas 30 safras. Com isso, as cotações no mercado físico seguem firmes, e o cereal já ultrapassa os R$ 93,00/sc. Na B3, o receio com a 2º safra continua, o contrato com vencimento para set/21 fechou o dia a R$ 85,01/sc, com alta de 0,82%.

O milho encerrou mais um dia em alta na Bolsa de Chicago. Os preços foram sustentados devido à demanda chinesa aquecida pelo grão norte-americano. Segundo o USDA, a terça-feira foi marcada por vendas realizadas para o país asiático.

Além disso, as altas no preço do petróleo geraram expectativas de margens maiores para o etanol, o que contribuiu para o avanço no valor do cereal. O grão terminou o dia cotado a US$ 5,54/bu na CBOT, obtendo valorização de 0,86% para os contratos com vencimento em maio/21.

Boi Gordo

Com a piora do cenário brasileiro frente a contaminação pela Covid-19, as medidas restritivas endureceram em grande parte do território brasileiro, destaque para o estado de São Paulo, principal centro consumidor do país. Em algumas cidades do interior paulista até mesmo as redes de supermercados só irão funcionar via delivery.

Com isso, o clima de incertezas paira no ar, a terça-feira encerrou com a paralisação das compras no mercado atacadista de carne bovina, sem perspectivas de grandes alterações no curtíssimo prazo.

Em contrapartida, com os preços do dólar nas alturas e o mercado externo firme, a arroba do boi gordo segue pressionada positivamente. O dia encerrou com a moeda valendo R$ 5,62, dando sustentação às cotações do animal.

A escassez de oferta insiste em continuar, além disso, a melhora das pastagens abre uma janela para permanência dos animais nas propriedades, o que reduz as negociações. Na B3, o contrato com vencimento para maio/21 finalizou o dia cotado a R$ 307,65/@, obtendo valorização diária de 0,07%.

Soja

A colheita da oleaginosa segue ganhando corpo no Brasil, o que tem pressionado os preços no mercado físico de soja brasileiro. No entanto, a manutenção do dólar acima dos R$ 5,60 em conjunto com a valorização do grão em Chicago dificulta maiores desvalorizações e com isso a cotação da oleaginosa continua na casa dos R$ 169,00/sc na referência em Paranaguá/PR.

Nos EUA, a preocupação com o clima na Argentina é crescente e com isso as cotações da soja na CBOT para maio/21 registraram uma valorização de 0,26%, ficando cotado a US$ 14,23/bu. Mesmo depois do corte de safra anunciado pela bolsa argentina, o mercado norte-americano mantém a observação para possíveis novos cortes.

Fonte: Agrifatto

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