
Despesas operacionais do ciclo completo caíram no segundo trimestre; já quem investe na terminação dos animais, viu o custos dispararem no período e alcançarem máxima histórica.
No segundo trimestre deste ano, o pecuarista que investe no ciclo completo, ou seja, faz cria, recria e engorda, viu os custos operacionais encolherem em Mato Grosso em comparação com os gastos estimados nos três primeiros meses de 2020. O custo operacional do sistema fechou o período em R$ 116,49 por arroba.
Redução de 1,78% na comparação com o trimestre anterior. Segundo o Imea, a queda foi puxada principalmente pela redução dos gastos com a manutenção das pastagens, influenciada pelos menores preços dos defensivos químicos neste período.
A despesa no ciclo completo foi a menor desde o segundo trimestre do ano passado, quando o custo estava em R$ 115,12 por arroba. Para os próximos meses, no entanto, o cenário não deve ser “tão favorável”, já o que período seco dificulta o manejo extensivo, exigindo maiores gastos com alimentação do rebanho. A informação é da analista de pecuária do Instituto, Marianna Tufani.
O acompanhamento do Imea mostra ainda que o sistema de cria registrou pequena alta nos custos no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro: 0,24%, fechando o período em R$ 126,45 por arroba. O sinal de alerta ficou para o produtor que faz recria e engorda. A despesa saltou 6,68% no segundo trimestre, chegando a R$ 158,69 por arroba, a mais alta da série histórica!
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O avanço expressivo é reflexo direto da valorização dos animais para reposição, ítem que representa 61% dos custos operacionais neste sistema. Os gastos com a aquisição subiram mais de 12% no período, o que reforça a expectativa de que nos próximos meses, a oferta restrita será um dos principais obstáculos para quem investe neste sistema.
Fonte: Canal Rural