Pecuarista segura gado e arroba chega a R$ 207, veja!

O quadro de estabilidade da proteína deve mudar na primeira quinzena de março, com a entrada dos salários e aquecimento da demanda. Arroba chegou a R$ 207!

O bovinocultor testemunha atualmente uma oscilação dos preços a arroba, com variação de produtor para produtor nos valores negociados, segundo Marcos Jacinto, diretor regional-Leste da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Entretanto, ele afirma que a perspectiva é de melhora para o setor, com notícias de que a China, por questões sanitárias, deve reduzir o consumo de carne de animais silvestres e, por consequência, importar mais proteína animal, e da abertura dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira.

“A situação das pastagens segue favorável à retenção como estratégia recorrente para o pecuarista, e esse é um importante limitador para movimentos agressivos de queda nos preços do gado”, assinalou.

No aplicativo do Agrobrazil, parceiro do Compre Rural, as cotações do boi gordo estão em alta. Pecuarista de Ivaí/PR, teve sua arroba negociada a R$ 200/@ com 30 dias para pagamento e data de abate para 04 de março. Já em Luziânia/GO, o boi gordo saiu por R$ 196,00/@ a vista e data do abate para o dia 03 de março. Ainda em São Paulo, valor encontrado em Santa Cruz do Rio Pardo, para o boi padrão foi de R$ 207/@ com pagamento a vista e abate no dia 03 de março.

Segundo Jacinto, estas notícias sinalizam um cenário positivo e dão um norte para o pecuarista trabalhar a longo prazo. “A informação é que a China terá que importar no próximo ano o dobro de carnes que importou no ano de 2019, e entre os países que estão em condições de atender a esta demabda, sem sombra de dúvidas o Brasil está incluído”, afirma.

“Isso vem de encontro da abertura dos Estados Unidos para a carne bovina in natura brasileira, que pode exportar para a China carne bovina mais cara e importar do Brasil para suprir o mercado interno”, explica.

Ele ainda cita o mercado interno brasileiro, com cenário de melhora na economia, expectativa de aumento no número de empregos, o que deve favorecer os preços da carne.

Para Jacinto, o Brasil tem, sim, condições de atender ao aumento de demanda, porém este crescimento precisa ser gradativo. ” A gente não consegue, no caso do boi, acelerar o processo. A vaca é inseminada hoje para abater o boi que nascer daqui três anos. Essa demanda por alimento mundial já era prevista, mas o Brasil tem condições de ampliar e dobrar a produção de carne, só não pode fazer isso de forma muito rápida”.

Segundo Safras&Mercado

Os preços da arroba do boi gordo se mantiveram estáveis nesta quarta-feira, 26, após o retorno do Carnaval. De acordo com o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos retomaram timidamente as negociações, ainda analisando as melhores estratégias a serem adotadas no restante desta curta semana. Enquanto isso, os frigoríficos de menor porte se deparam com uma posição de menor conforto em suas escalas de abate.

  • Na capital de São Paulo, Capital, a arroba do boi gordo seguiu em R$ 203.
  • Em Uberaba (MG), preços em R$ 194 a arroba. Em Dourados (MS), continuaram em R$ 193 a arroba.
  • Em Goiânia (GO), o preço indicado ficou em R$ 193 a arroba.
  • Já em Cuiabá (MT), a arroba permaneceu R$ 184.

Vendas a conta-gotas

Segundo o diretor regional-Leste da Acrimat, os frigoríficos não estão alongando muito as escalas, porque o produtor está segurando o gado. Entre os motivos está o fato de que não há tanto produto pronto e porque o pecuarista está esperando melhores preços, fazendo as negociações aos poucos.

“Ao mesmo tempo o frigo não faz longas escalas para esperar o produtor que precise vender algo pra vender para pagar as contas ofecerer os produtos, aí que fica a queda de braço e tem a variação de um produtor para outro”, explica.

Segundo Jacinto, agora é um momento favorável, com chuvas boas favorecendo a abundância de pasto, engordando a boiada. “É uma época mais tranquila para o produtor dar uma segurada, porque não tem aquela necessidade de vender por falta de comida, ou por baixar a qualidade da comida, o que dá um pouco mais de fôlego”.

Compre Rural com informações do Agrobrazil, Safras&Mercado e Notícias Agrícolas

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