Planta tóxica mata até 42 mil cabeças de gado por ano no Rio Grande do Sul

De acordo com a Secretaria do RS, a abundância da planta, combinada com razões ambientais e características fenológicas, tornou-a a maior causa de morte de bovinos no estado; confira

Em uma notícia alarmante divulgada nesta quarta-feira, 20, a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul alertou para uma infestação “muito alta” da planta Senécio madagascariensis, popularmente conhecida como “maria-mole“, que se espalhou por parte das propriedades do município de Eldorado do Sul. A planta, reconhecida por sua toxicidade fatal ao gado, é responsável por uma média de 30 mil a 42 mil mortes de cabeças por ano no estado.

O pesquisador Fernando Castilhos Karam, do Laboratório de Histopatologia do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor, confirmou a gravidade da situação em nota oficial da Secretaria de Agricultura: “Plantas do gênero Senecio são as mais importantes no Rio Grande do Sul sob o ponto de vista toxicológico, causando graves prejuízos à cadeia produtiva da bovinocultura. A letalidade é praticamente 100%.”

De acordo com a Secretaria, a abundância da planta, combinada com razões ambientais e características fenológicas, tornou-a a maior causa de morte de bovinos no estado. O fenômeno varia em algumas regiões, assemelhando-se à tristeza parasitária bovina. O estudo identificou que a lotação animal maior que a oferta de pasto é um fator crucial que favorece a ingestão, sendo mais comum no outono/inverno, quando a maioria das espécies está em crescimento e concentra maior teor tóxico.

A pesquisa, que lançou luz sobre a gravidade do problema em Eldorado do Sul, será estendida ao município de Guaíba (RS) em 2024. “O estudo pode ser extrapolado para outras unidades ou regiões, já que a planta ocorre em todo o estado“, afirmou o pesquisador, enfatizando a importância de uma ação preventiva para proteger os rebanhos gaúchos. As autoridades locais estão sendo instadas a implementar medidas urgentes para conter a disseminação da “maria-mole” e proteger a saúde dos animais e a economia agrícola da região.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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