Quem ocupará o Ministério da Agricultura no governo de Lula em 2023?

A partir desta terça o agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode indicar até 50 nomes para trabalharem no chamado governo de transição

A partir de amanhã, terça-feira (1), o agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode indicar até 50 nomes para trabalharem no chamado governo de transição. Os membros desse grupo tem como missão acompanhar como esta a administração pública e solicitar informações ao executivo e aos ministérios.

Assim, fica a expectativa para quem serão os indicados de Lula para formar o grupo de transição, que na prática formam o início do governo e podem indicar como será a postura do novo governo.

Além de nomes conhecidos do partido dos trabalhadores como Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Alexandre Padilha, Aloizio Mercadante e outros, estavam lá nomes do PSOL como Guilherme Boulos e Juliano Medeiros, o deputado federal Andre Janones, e aliados do segundo turno como Marina Silva, ex-ministra de Lula, e Simone Tebet, que muitos imaginam que faça parte do terceiro mandato do petista.

Geraldo Alckmin, Dilma Rousseff e até mesmo Henrique Meirelles são nomes também especulados para formar a base do novo governo com cargos ou indicações.

Quem será o novo Ministro, ou Ministra, da Agricultura?

A senadora Simone Tebet é uma opção considerada pelo PT para assumir o cargo. Além dela, a BMJ consultoria afirma que a também senadora e ex-ministra da Agricultura no governo Dilma, Kátia Abreu, poderia voltar ao comando da pasta. Nomes como o do senador Carlos Fávaro também são opções, de acordo com levantamento da empresa.

Entre eles, Fávaro tem a “vantagem” de apoiar Lula desde janeiro, quando ainda era uma das poucas vozes do agronegócio ao lado do ex-presidente e a boa interlocução com o setor produtivo, já que presidiu a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), e com a bancada ruralista.

Fávaro é escalado oficialmente como o coordenador de assuntos agro da campanha petista e junto, com o deputado federal Neri Geller (PP-MT) e com o empresário de sementes de soja Carlos Augustin, compõe o núcleo duro de articulação da campanha petista com o agronegócio. “Ele deixou de concorrer ao governo do estado a pedido do PT. Fez uma renúncia importante”, aponta.

Para Kátia Abreu e Simone Tebet, pesa a favor o fato de que possuem mandato somente até 2023, diferentemente de Fávaro, mas pesa contra o fato de aderirem à campanha petista somente no segundo turno.

“Simone mostrou qualidade. Ela seria uma excelente ministra, com trânsito entre os poderes, perfil de executivo e conhecimento do setor, mas parece preferir outra pasta como Educação ou Justiça”, diz uma fonte do setor produtivo que colaborou com o plano de governo da senadora na sua candidatura à presidência.

Kátia Abreu, que foi ministra da agricultura do governo Dilma Rousseff, também é um nome bem recebido pelos empresários, mas visto com cautela pelos parlamentares ruralistas. “Há algumas posições muito radicais e ela não foi eleita. É muito difícil dar ministério para quem não foi eleito”, apontou uma fonte.

Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O vice de Lula e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), também é cogitado para o posto – nome bem recebido pelo setor produtivo. Aliados do ex-presidente, contudo, avaliam que nomeá-lo para chefiar pasta do executivo poderia trazer obstáculos na relação entre Lula e Alckmin. O primeiro motivo impeditivo é a quantidade de parlamentares não eleitos que precisariam ser acomodados no eventual governo.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é um dos mais relevantes cargos do governo pela importância estratégica que a pasta tem.

Hoje, o setor agro representa mais de 25% do PIB nacional, é um dos grandes geradores de emprego e renda e promotor de crescimento econômico, além da importância vital na produção e distribuição de alimentos que tem. O agronegócio merece o comando de profissionais técnicos, ágeis e comprometidos com o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro. Não há espaço para retrocessos e loteamentos políticos em ministérios.

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