A SLC Agrícola, dona da maior área agricultável do brasil, lucra R$194,2 mi no 4º tri com resultado “notável” de grãos e se destaca no agronegócio. Confira!
A SLC Agrícola registrou lucro líquido de 194,2 milhões de reais no quarto trimestre de 2020, alta de 119% em relação a igual período do ano anterior, apoiada por um “avanço notável no resultado bruto das culturas”, disse nesta quarta-feira a empresa, grande produtora de grãos.
Já o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) da companhia atingiu 397,9 milhões de reais no último trimestre do ano passado, avanço de 43,4% na comparação anual.
Considerando todo o ano de 2020, a SLC Agrícola reportou lucro líquido 510,9 milhões de reais, avanço de 62,2% ante 2019, enquanto o Ebitda ajustado da companhia no período somou 960,3 milhões de reais, ganho de 20,7%.
Porque ela é o Rei da Soja
A SLC Agrícola, que ocupava a segunda colocação, informou em novembro que a compra da Terra Santa estava sendo avaliada. Pois bem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autorizou a aquisição da empresa. Sendo assim, ela será proprietária de mais de 581 mil hectares de soja, o que a torna o novo Rei da Soja!
As negociações para o acordo entre SLC Agrícola e Terra Santa Agro estão caminhando bem e a assinatura de contrato deve ocorrer ainda em março, enquanto o “closing” da operação é previsto para junho deste ano.
Sobre a SLC
A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho. Empresa se tornará o novo Rei da Soja!
Com Matriz em Porto Alegre (RS), a Empresa possui 16 Unidades de Produção estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros que totalizaram 448.568 hectares no ano-safra 2019/20.
A Terra Santa, quinta maior área agrícola do país, possui cerca de 133 mil hectares. Sendo assim, após a incorporação, a SLC conquistará o posto de maior área do país, com um total de 581 mil hectares de terra.
Compra da Terra Santa
Ele lembrou que a Terra Santa tem duas empresas, uma delas operadora das terras e a outra dona das fazendas, e que a SLC comprará a primeira.
“O que estamos vendendo para a SLC é a empresa que opera as terras. Ela (Terra Santa) vai ser uma empresa que vai ter terras arrendadas para a SLC (após o negócio)”, explicou. Atualmente, a companhia que opera as terras paga arrendamentos para a unidade da Terra Santa dona das fazendas.
O executivo comentou que um pedaço das dívidas da Terra Santa vai ficar na empresa que opera os ativos (a que vai ser comprada pela SLC). O total de dívidas que ficará na outra companhia está em discussão. O endividamento financeiro da empresa atingiu 1,097 bilhão de reais ao final do ano passado, alta de 31% ante 2019, reflexo da desvalorização cambial que impacta diretamente a dívida em dólar.
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Segundo Teodoro, a Terra Santa Agro vai mudar completamente.
“A nova empresa não vai ter operação, 100% da receita da nova empresa virá de arrendamento, muda substancialmente o modelo de negócio, o impacto não é só nas finanças, vamos passar de uma empresa operadora para ser uma empresa imobiliária rural”, ressaltou.
A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em janeiro.