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Reposição a R$ 3.600 deixa produtor em sinal vermelho

Negócios no mercado de reposição seguem lentos, já que a queda nos preços da arroba deixou os pecuaristas com uma das piores relações de troca. Veja!

A pressão baixista que assola o mercado do boi gordo, cerca de 10% apenas no mês de outubro, continua afastando os recriadores e invernistas das negociações envolvendo animais de reposição, principalmente diante dos preços ainda elevados n que são pedidos nos lotes, segundo os relatos dos players que tentaram efetivar as negociações.

Uma coisa é fato, o ritmo de queda no mercado de animais jovens é menor em relação aos tombos registrados nas últimas semanas na arroba do boi gordo. Para se ter uma ideia, os preços da arroba do boi gordo apontaram um recuo de R$ 32,05/@ apenas em outubro. Já o preço do bezerro, praça sul mato-grossense, recuou apenas 1,48%.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todas as regiões e categorias monitoradas, entre machos e fêmeas anelorados, as cotações no mercado de reposição ficaram praticamente estáveis nesta semana frente ao preços registrados na semana anterior.

Entre todas as categorias, destaque para o bezerro de desmama (6@), que registrou desvalorização semanal de 0,6% na média de todos os Estados, seguido da novilha anelorada, com queda de 0,5% no mesmo período de comparação, informa a Scot.

Ainda segundo a Scot Consultoria, a relação de troca do boi gordo em relação as categorias da reposição – boi magro ao bezerro desmama – é uma das priores para o pecuarista da recria/engorda, principalmente após os grandes recuos da arroba. Veja abaixo:

  • Boi Magro: R$ 3.600,00; Com uma relação de troca de 1,38
  • Garrote: R$ 3.300,00; Com uma relação de troca de 1,51
  • Bezerro: R$ 2.800,00; Com uma relação de troca de 1,78
  • Desmama: R$ 2.600,00; Com uma relação de troca de 1,91

“Diante de um ano desafiador e cheio de incertezas envolvendo o mercado do boi gordo, muitos pecuaristas estão com o pé atrás em relação à decisão de compra de animais de reposição”, observa a Scot Consultoria.

Segundo o Indicador de Preços do Cepea, para o bezerro sul-mato-grossense, os preços apontam para uma variação mensal negativa, conforme supra citado. Os valores fecharam a semana cotados a R$ 2.733,42 por cabeça, com peso médio de 196,71 kg. Sendo assim, o preço do animal segue com média de R$ 13,89/kg.

Segundo dados da IHS Markit, ao longo desta semana, os preços da reposição registraram muita volatilidade entre as principais categorias. No caso de bezerros e bezerras, diz a IHS, as cotações estão mais fracas, com queda em algumas localidades devido à baixa procura.

“Os preços atuais, na casa de R$ 2.600-R$2.800/cab, geram uma relação de troca desfavorável aos compradores de bezerro”, comenta a IHS.

Os preços dos machos mais pesados (garrotes com mais de 10 arrobas) também cederam em algumas regiões ao longo desta semana, já que, neste momento, os custos de terminação dessa categoria são inviáveis, acrescenta a IHS.

Porém, as novilhas mais velhas (com mais de 8 arrobas) registraram preços mais firmes, sobretudo nos Estados do Centro-Oeste, informa a consultoria, acrescentando que a chegada do período de estação de monta em algumas regiões tem estimulado uma procura maior por essa categoria de animal.

Comprar ou não a reposição?

O momento requer cautela para que não seja, ainda mais prejudicado as margens de lucro da atividade, tendo em vista a piora na relação de troca do momento. Ainda dentro desse planejamento, é complicado realizar uma gestão de risco, tendo vários fatores intrínsecos e difíceis de serem avaliados no momento.

Além disso, o alto custo de produção, com uma possível falta de insumos para a próxima safra, pode trazer uma elevação ainda maior no custo com a dieta desses animais. Entretanto, é preciso pontuar que a retomada econômica esperada para o ano seguinte, pode trazer um avanço no consumo interno e uma possível melhora no mercado do boi gordo no primeiro trimestre do ano.

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