
Que desfrute foi esse? Confira quais foram os índices da pecuária nacional nas duas últimas décadas, com destaque para os recordes do período.
O desfrute do rebanho bovino brasileiro avançou no ano passado e deve continuar subindo. Foi o maior dos últimos 5 anos, com índice de 20,7% (confira a Linha do Tempo). Trocando em miúdos, a taxa de desfrute é a capacidade de um rebanho em gerar excedente, no caso arrobas em relação ao total de animais. Assim, quanto maior for a taxa de desfrute, maior a produção interna desse rebanho.
Nas duas últimas décadas, a maior taxa média nacional de desfrute aconteceu em 2007, com 23,3%. Claro que a depender da tecnologia empregada, há produtores que conseguem índices altíssimos, como acontece nos Estados Unidos, por exemplo. No País, a pecuária que utiliza tecnologias reprodutivas, nutrição e manejo intensivo, atualmente já consegue índices de desfrute acima de 50%.
E chega a 90% – alguns casos até 100% -, em projetos que fazem a recria intensiva e terminação no cocho, indo a um giro mais rápido do rebanho. Claro, esses projetos ainda são poucos, mas eles existem.
Desfrute é um indicador de eficiência. O Brasil possui um rebanho de 210 milhões de animais, de acordo com o IBGE, ante 89 milhões de bovinos nos Estados Unidos. No entanto, os americanos produzem 11 milhões de toneladas de carne e o Brasil 10 milhões.
Aqui, cada bovino produz cerca de 46 quilos de carcaça por anos, ou seja, 3 arrobas. Já nos Estados Unidos são 133 quilos de carcaça por ano, o equivalente a cerca de 9 arrobas por ano.
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LINHA DO TEMPO
Taxa de desfrute do rebanho bovino
2000 – 19,7%
2001 – 19,8%
2002 – 19,9%
2003 – 19,4%
2004 – 21,1%
2005 – 21,6%
2006 – 23,0%
2007 – 23,3%
2008 – 21,1%
2009 – 20,4%
2010 – 20,9%
2011 – 19,2%
2012 – 20,8%
2013 – 22,8%
2014 – 21,8%
2015 – 18,8%
2016 – 17,6%
2017 – 18,9%
2018 – 19,9%
2019 – 20,7%
Fonte: Scot Consultoria e arquivo Anuário DBO