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Agrishow gerou R$11,2 bi em negócios para máquinas agrícolas

As intenções de venda superaram a expectativa inicial de 6 bilhões de reais para a feira realizada em Ribeirão Preto (SP).

SÃO PAULO (Reuters) – A Agrishow, maior feira agrícola da América Latina, gerou nesta semana volume de negócios recorde de 11,243 bilhões de reais em intenções de venda de máquinas e equipamentos para agricultura, armazenagem e irrigação, afirmaram os organizadores nesta sexta-feira.

Custos elevados para a indústria e aumento nos preços do maquinário com mais avanços tecnológicos contribuíram para uma disparada de 287% nos negócios em relação à edição de 2019, a última presencial antes da pandemia. Há também um cenário propício para investimento devido ao nível de capitalização dos produtores rurais.

As intenções de venda superaram a expectativa inicial de 6 bilhões de reais para a feira realizada em Ribeirão Preto (SP). Segundo o Secretário de Agricultura de São Paulo, Francisco Matturro, os números precisam ser avaliados com base em determinados parâmetros. Ele disse que parte do alto desempenho financeiro se deve ao aumento de preços das máquinas, na esteira de maiores despesas para produção na indústria, ligada a limitações para conseguir peças importadas.

“Nós tivemos durante três anos uma total desorganização da cadeia de suprimentos, de componentes de máquinas agrícolas e matérias primas. Então isso eleva os custos e, consequentemente, os preços”, afirmou a jornalistas em transmissão pela internet.

Matturro, que também é presidente da Agrishow, ressaltou que questões logísticas inflacionaram o setor. “Temos uma total desorganização no tráfego marítimo, que também alteram preços”, disse ele. Em outra frente, o avanço da tecnologia no maquinário agrícola nos últimos anos também levou os fabricantes a reajustarem os valores dos equipamentos.

“Nós temos máquinas hoje com muito mais tecnologia embarcada do que há três anos”, acrescentou Matturro. O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, Pedro Estevão, disse que a demanda aquecida no setor, com o cultivo agrícola remunerando bem os produtores, abriu espaço para investimentos.

“Estamos num momento muito promissor, com alta rentabilidade do setor e isso influencia a compra de máquinas”, afirmou. “E também tem um aumento de área plantada; se não tiver mais máquinas, não consegue plantar”. Na safra 2021/22, a área plantada com grãos e cereais deve crescer 4,4% no Brasil, para 72,8 milhões de hectares, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Com isso, Estevão projeta avanço de 5% para as cadeias de máquinas, equipamentos para irrigação e armazenagem no agronegócio neste ano, “com viés de alta”, ante a marca de 88 bilhões de reais registrada em 2021. Sobre a questão de recursos para financiamento, o presidente da câmara setorial afirmou que “não há falta de dinheiro, o problema é o juro”, lembrando que mesmo além do Plano Safra há fontes de crédito privado.

O diretor de comunicação da montadora Case IH para a América Latina, Eduardo Penha, disse que a empresa na Agrishow deve ter pelo menos o dobro de vendas da edição de 2019, embora ainda não haja um balanço final dos negócios.

Fonte: Reuters

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