Agropecuária mineira movimento R$ 100 bi em 2020

Apesar da pandemia de covid-19, Valor Bruto da Produção cresceu 21,9% frente a igual período do ano passado

O agronegócio mineiro, mais uma vez, se superou. O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de covid-19 e por todas dificuldades e desafios que vieram junto com ela. Mas o produtor rural seguiu produzindo e se esforçando para não faltar nada para os consumidores de produtos agrícolas e pecuários de Minas, do Brasil e do mundo. A prova disto está nos números do Valor Bruto da Produção (VBP), divulgados nesta quarta-feira, durante coletiva do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos.

Segundo o presidente do Sistema FAEMG, Roberto Simões, entre janeiro e novembro, a agropecuária do estado movimentou R$ 100,035 bilhões, com crescimento de 21,9% frente ao mesmo período do ano passado. A agricultura foi a que demonstrou maior arrojo, com a movimentação de R$ 59,96 bilhões – alta de 30,1%. A pecuária mineira, por sua vez, girou R$ 40,06 bilhões e registrou aumento de 11,4%, na comparação com 2019.

Os produtos agrícolas que mais contribuíram para a expansão do VBP foram café beneficiado (+58,2%), soja (+54,9%) e sorgo (+42,4%). Na pecuária, os destaques foram para suínos (+27,5%), leite (+11,4%) e boi gordo (10,2%).

GRÃOS E CAFÉ

A produção mineira de grãos foi recorde na safra 2019/20 atingindo a marca de 15,4 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os grandes responsáveis por essa produção foi a dupla milho e soja, que corresponderam a 13,8 milhões de toneladas produzidas, 89% da produção de grãos de Minas Gerais.

Neste ano, o café também foi grande destaque. Em 2020, ano de bienalidade positiva, a previsão é de colher 33,5 milhões de sacas, volume 36,3% maior que na safra anterior. Os preços médios pagos neste também foram mais altos – com valor médio de R$ 538/saca para a espécie arábica, enquanto em 2019 a média foi de R$ 411/saca. Já para a espécie conilon, o valor médio em 2020 foi de R$ 355/saca, contra R$ 291/saca no ano anterior.

“A pandemia teve reflexos muito difíceis para o agro em 2020, como para todos os demais setores. Mas nos adaptamos, e seguimos cumprindo, de forma muito bem sucedida, nossa missão de não deixar faltar alimentos, tanto internamente quanto para o resto do mundo. Tivemos safras recordes e bons resultados nos campos mineiros. Para o próximo ano, há uma grande incerteza quanto à duração da pandemia e seus efeitos sobre a economia, sobretudo junto às classes menos favorecidas. São questões que levantam muitas dúvidas dos novos cenários e desafios. Mas nós, produtores, somos otimistas por natureza, e seguimos plantando novas safras!” – disse Roberto Simões, Presidente do Sistema FAEMG, SENAR e INAES.

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