Ano de 2024 será mais difícil para negócios de bovinos nos EUA, diz CEO da JBS USA

A empresa consiste em buscar aprimoramentos operacionais a fim de garantir que os resultados se aproximem, no mínimo, da estabilidade.

Após um 2023 já impactado pela diminuição na oferta de gado nos Estados Unidos, Wesley Batista Filho, CEO da JBS USA, expressa a perspectiva de que o próximo ano apresentará desafios ainda maiores para o mercado de bovinos no país. Diante desse cenário, a estratégia da empresa concentra-se em buscar aprimoramentos operacionais para manter os resultados pelo menos próximos da estabilidade. Durante uma teleconferência com analistas nesta terça-feira (14/11), ele afirmou: “Nós nos concentramos no que podemos controlar. Ao capturar melhorias internas, conseguimos evitar uma deterioração no próximo ano.”

Wesley Filho enxerga oportunidade para a empresa melhorar suas margens em dois pontos percentuais entre o terceiro trimestre deste ano e ao longo do próximo ano.

A taxa de utilização nas operações de carne bovina nos Estados Unidos dependerá da oferta de gado em 2024, influenciada também pelas condições climáticas. Ele explicou: “Atualmente, o incentivo econômico para os criadores de bezerros não é ruim. Se tivermos um clima mais favorável no próximo ano, os produtores podem reter mais matrizes para a produção de bezerros. Isso pode indicar uma redução temporária na oferta de gado, mas é um sinal necessário para o longo prazo.”

“Se o produtor enfrentar condições climáticas desfavoráveis para a produção de bezerros, o que impediria a retenção de matrizes, teríamos uma oferta mais elevada agora, mas isso prolongaria o ciclo”, acrescentou.

Do ponto de vista da demanda interna nos Estados Unidos, Wesley Filho avalia que o consumo de carne bovina ainda está robusto, e se houver uma menor oferta de bovinos no mercado, observa que “essa proteína será substituída pelo que está disponível no mercado, como frango e suínos”.

Na noite de ontem (13/11), a JBS divulgou seus resultados financeiros, registrando um lucro líquido consolidado de R$ 572,7 milhões no terceiro trimestre, representando uma queda significativa de 85,7% em comparação com os R$ 4,01 bilhões obtidos no mesmo período do ano anterior, quando a empresa teve um período de crescimento expressivo. No entanto, esse desempenho representa uma recuperação após o prejuízo de R$ 263,6 milhões registrado entre abril e junho.

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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