Os preços do boi gordo recuaram fortemente em 2022, cerca de R$ 26,00/@ ao longo dos primeiros cinco meses do ano; Mercado está no ponto de virada e valorização já é vista!
O mercado físico do boi gordo seguiu nesta quinta-feira, 02, com bastante volatilidade e trabalhando de forma bastante mista entre as praças avaliadas e também as categorias negociadas. O mercado segue ainda com reflexos do final de safra, ou seja, os últimos lotes oriundos dos semiconfinamentos e pastagem, são ofertados as indústrias que, agora, já possuem certa dificuldade em alongar as suas escalas além de 10 a 12 dias úteis.
Segundo a Agrifatto, na B3, o movimento se reverteu e os contratos passaram por valorização, o futuro com vencimento para jun/22 encerrou o pregão cotado a R$ 313,05/@, com uma variação diária de 0,58%. Confira os detalhes abaixo!
Segundo a Scot Consultoria, com escalas de abate “confortáveis” nas praças paulistas, as cotações do boi gordo abriram o dia com queda de R$2,00/@ no comparativo diário. Para as fêmeas, preços estáveis. Assim, a referência para a arroba do boi, vaca e novilha gordos está em R$297,00/@, R$272,00/@ e R$292,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.
Já o Indicador do Boi Gordo/CEPEA, trouxe um novo recuo no fechamento de ontem, 02, com uma variação diária de -1,89%. Avaliando o mercado ao longo dos primeiros cinco meses do ano, os preços sofreram uma queda de R$ 25,85/@, ou seja, saíram de R$ 334,50/@ (03/01/22) para o patamar de R$ 308,65/@ (02/06/22). Ainda segundo a instituição, os preços em dólar continuam apregoados a US$ 65,38/@.
O preço para o boi terminado com destino à exportação está em R$305,00/@. Já o app da Agrobrazil, apontou como melhor negociação do dia de ontem, aconteceu em São José do Rio Preto, interior paulista, com valor acumulado de R$ 315,00/@, pagamento à vista e abate programado para o dia 20 de junho.
Segundo divulgado pelo Caio Junqueira, da Agrobrazil, “Apesar de notarmos um leve encurtamentos nas escalas de abates a nível brasil, ainda temos as grandes indústrias com programação confortável, mostrando escalas ainda acima de 12/15 dias, programações menores de abates são vistas geralmente em indústrias de mercado interno que por sua vez estão mais dispostas a pagarem reajustes positivos uma vez que o atacado manda sinais claros (ontem já subiu alguma coisa) de alta devido a virada de mês. Em resumo o mercado pode ter achado uma “barreira “ ou um “limite “ para baixa indicando possível correção ( ainda leve ) mas que pode acontecer a curto prazo. Preços melhores ja são notados em registros no app agrobrazil para os estados de MG, GO, MS, e MT. Sugestão é atenção redobrada aos relatórios do AgrobrazilApp, e o mais importante é REGISTRAR SEMPRE, TODAS negociações ( tanto para baixo quanto para cima ) pois são informações reais e isentas de viés que vão nos ajudar nas melhores tomadas de decisões”, trouxe ela em sua publicação hoje pela manhã dentro da plataforma.
Na avaliação da equipe de analistas da IHS Markit, as quedas nos preços da arroba em todo o Brasil deve-se ao arrefecimento na procura por animais prontos para abate em função das sucessivas ocorrências de suspensão de unidades frigoríficas brasileiras pela China, além do quadro mais confortável nas escalas de abate das indústrias.
“Paralelamente, as quedas nos preços da carne bovina no mercado do atacado também reforçaram a saída de muitas plantas frigoríficas das compras de gado”, acrescenta a IHS.
Tais fatores, continua a consultoria, ocorreram num período de maior entrada de oferta de boiada, quando as pastagens começam a se deteriorar, e o pecuarista desovando os seus lotes animais gordos, visando evitar gastos com suplementação.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 304;
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 271;
- Para Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 273;
- Em Uberaba (MG), os preços foram de R$ 280 por arroba.
- Já em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 270 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
O mercado atacadista registrou preços acomodados para a carne bovina.
Segundo Iglesias, mesmo no decorrer da primeira quinzena do mês haverá pouco espaço para alta das cotações, considerando a posição dos estoques dos frigoríficos neste momento. Além disso, permanece maior a propensão de consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos ovos.
O quarto traseiro do boi foi precificado a R$ 22 por quilo, estável. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,80 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 15,30 por quilo, recuo de dez centavos.
