Pautado pela grande dificuldade em encontrar lotes que atendam o mercado de exportação, os frigoríficos estão ofertando mais pelo boi gordo!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 23, relatos são confirmados e, neste cenário de vai e vem, a indústria exportadora acaba pagando mais pelos animais jovens. Outro ponto importante e de grande atenção é o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deve interferir no mercado mundial nos próximos dias. Dentro da porteira, o pecuarista com animais que atendem o padrão exportação volta a comemorar!
A grande dificuldade na originação dos animais – animais jovens com até 30 meses de idade – para abate, estão causando um movimento de alta nos preços da arroba, aumentando o distanciamento dos preços ofertados para animais com destino ao mercado interno. O mercado tem ágios que chegam a R$ 40,00/@ para o Boi China, em algumas situações, conforme as consultorias apontaram em seus relatórios diários.
Em relação ao fechamento de ontem, das 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 29 delas não tiveram alteração em nenhuma das três categorias de bovinos terminados. As escalas de abate atendem mais de sete dias na praça paulista. Com isso, alguns compradores estão fora das compras.
As cotações do boi, vaca e novilha gordos não sofreram alterações na comparação diária e estão cotados em R$338,00/@, R$303,00/@ e R$330,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo, apontou a Scot Consultoria.
Recorde nos valores da arroba para exportação
Com as exportações aquecidas, a referência para o macho terminado com menos de trinta meses está firme entre R$340,00/@ e R$358,00/@. Os pecuaristas de Araçatuba, em São Paulo, venderam lotes no valor de R$ 350,00/@ com pagamento a vista e abate programado para o dia 05 de março.
Sendo assim, em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 348,23/@, na quarta-feira (23/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 316,18/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 313,18@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 334,97@.
O Indicador CEPEA/B3, apresentou queda de 1,28% na comparação diária. Com isso, os valores da média paulista saltaram de R$ 348,40/@ para o patamar de R$ 343,95/@. Confira o gráfico abaixo!
A consultoria observa grandes embates que deverão ocorrer nas semanas vindouras entre os diversos elos da cadeia, desde os pecuaristas versus indústria de processamento, até nos setores da distribuição e varejo. Já na B3, a quarta-feira foi de valorização para os futuros de boi gordo e o vencimento fev/22 valorizou 0,68% e ficou valendo R$ 346,10/@.
“A toada para março deve apresentar condições adversas para a formação nos preços da arroba bovina, ao passo em que o panorama possui pressões de ambas as pontas”, enfatiza a IHS. Na oferta, as regiões pecuárias brasileiras possuem condições extremas.
“Nesta altura de fevereiro, dificilmente os preços da arroba devem apresentar variações significativas, já que tanto as indústrias que operam com mais força no mercado doméstico, como aquelas que exportam a carne bovina, já possuem escalas de abate programadas até a virada do mês”, afirmam os analistas da IHS.
Mercado externo
O horizonte dos preços das commodities de alimentos pode seguir uma tendência de baixa nos próximos meses, exceto para a carne bovina. E a explicação para isso é a pressão da demanda de países asiáticos por proteína animal, especialmente a carne bovina.
A avaliação é do engenheiro agrônomo Sergio De Zen, diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 345.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 332 por arroba.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 310 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
Os preços da carne bovina seguem estáveis no atacado. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por pouco espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Além disso, o consumidor médio no Brasil segue optando por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos ovos de galinha.
O fluxo de vendas de carne bovina para o varejo neste final de mês foi lento, o baixo consumo doméstico da proteína bovina reflete em todo o setor. No atacado paulista a carcaça casada está sendo negociada vendida dos R$ 20,50/kg, sem alterações no comparativo diário.
