Avaliação negativa de Bolsonaro cai para 31%, menor em 17 meses

Segundo levantamento, diferença entre classificações positivas e negativas sobre governo chegou a 8 pontos percentuais – a maior desde abril de 2019

SÃO PAULO – As avaliações negativas do governo Jair Bolsonaro seguem em queda pelo quinto mês consecutivo e atingiram, em outubro, a menor marca em 17 meses. É o que mostra a nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 8 e 11 de outubro.

Segundo o levantamento, agora 31% dos entrevistados avaliam a atual gestão como ruim ou péssima. O número é o mesmo registrado em maio de 2019 e representa uma queda acumulada de 19 pontos percentuais desde maio deste ano, período da pior percepção do eleitorado sobre o governo Bolsonaro.

Na outra ponta, 39% classificam a administração como ótima ou boa – mesmo percentual registrado no levantamento de setembro. O resultado é apenas 1 ponto percentual abaixo da melhor marca de Bolsonaro desde que tomou posse. Com isso, a diferença entre avaliações positivas e negativas chegou a 8 pontos percentuais, a maior em 18 meses.

XP/IPESPE

Foram realizadas 1.000 entrevistas telefônicas de abrangência nacional, conduzidas por operadores nos dias 8, 9, 10 e 11 de outubro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

A melhora nos índices de Bolsonaro coincide com os efeitos provocados pelo auxílio emergencial. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 67,7 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo programa, que hoje consiste em repasses mensais de R$ 300 – metade do valor distribuído nos cinco primeiros meses e que está previsto para ser encerrado em dezembro. Ao todo, 42% dos eleitores consultados pela pesquisa afirmam que alguém em sua casa já recebeu o benefício.

Os dados estratificados mostram que, entre eleitores com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, a avaliação positiva do governo saltou de 22% em abril para atuais 39%. No Nordeste, reduto em que a oposição a Bolsonaro é mais forte politicamente, o grupo de eleitores que classificam o governo como ótimo ou bom foi de 15% para 35% no período – a maior marca da atual gestão.

A pesquisa mostra, ainda, que 68% dos brasileiros apoiariam uma nova prorrogação do auxílio emergencial caso o Renda Cidadã – novo programa que o governo federal tenta criar para substituir o Bolsa Família – não entre em funcionamento a partir do ano que vem. Entre os que dizem não receber o benefício, 65% defenderiam a medida.

Com informações da Infomoney

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