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Boi Brahman é opção para pequeno produtor

Médico de Cachoeiro é o único criador registrado no Estado da raça oriunda do cruzamento do Nelore, Gir, Guzerá e Krishna Valley e considerada uma das mais rentáveis para os pecuaristas.

Uma novidade para os pequenos produtores que desejam um rebanho produtivo e com retorno financeiro. São os bois da raça Brahman, resultado do cruzamento de Nelore, Gir, Guzerá e Krishna Valley, novidade no Espírito Santo.

Fica em Cachoeiro de Itapemirim a única fazenda do Estado com criação de Brahman registrada na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Ela pertence ao médico Paulo José Machado e está localizada a 11 km do centro, na localidade conhecida como Baixada de Soturno, próximo às margens da rodovia Cachoeiro x Vargem Alta.

Machado conta que é filho de produtor e “cresceu no curral”. Ele relata o início dos negócios com a produção de leite, quando mantinha 400 bois confinados, paralelamente à dificuldade de encontrar mão-de-obra e tocar o plantio de milho para fins de silagem.

O médico acabou trocando a pecuária leiteira pela de corte ao descobrir o Brahman, raça originária nos Estados Unidos e introduzida no Brasil em 1994. De acordo com o criador, um ano antes a ABCZ e a Associação Americana de Criadores de Brahman (ABBA) alteraram a legislação, o que facilitou a vinda dos primeiros animais ao Brasil. Atualmente, existem mais de 60 associações formais de criadores presentes em mais de 70 países dos cinco continentes.

Na fazenda, Paulo Machado cria 22 cabeças adultas, além de bezerros, em regime de semi-confinamento em uma área de 25 hectares. A rusticidade se nota no chão do curral, naturalmente de terra. Todas as laterais são abertas, sendo uma com o coxo.

O pecuarista, que já comercializa animais, destaca as características da raça que tornam o investimento seguro. “São bastante rústicos, dóceis, de manejo simples e desenvolvimento precoce. O gado come pouco e converte muito, além de se adaptar a qualquer condição de clima por conta do couro grosso, solto e resistente”, explica. Esta resistência para frio ou altas temperaturas ajuda a manter as características de maturidade sexual e de acabamento de carcaça.

Os animais passam parte do dia no pasto e voltam para o curral para se alimentar de sal proteinado. No inverno, a dieta inclui também silagem de milho, sorgo e capim Napier (Saiba mais abaixo). A alimentação garante peso sob medida para a produção de carne de qualidade.

“O manejo é prático e barato, pouca exigência em comparação com o gado holandês. São bois mansos, apesar de pesarem entre 700 kg e 800 kg. Por conta disso, o próprio produtor vai lidar com o rebanho com facilidade”.

Precocidade

A precocidade é outra vantagem para quem cria gado Brahman. Os touros chegam à idade adulta e férteis já aos 15 meses, época quando a carne está favorável para o abate- em média 15 arrobas, enquanto as vacas com 20 meses já dão cria. Segundo Machado, as fêmeas têm gestação uma vez por ano.

O resultado é alta lucratividade. Compradores do sul e do norte do Estado descobriram a fazenda, onde um animal custa entre R$ 6 mil e R$ 8 mil devidamente registrado e atestado com produção de sêmen em laboratório certificado.

As conquistas do médico cachoeirense são vitrine para os negócios com o Brahaman. Em 2018, ele obteve certificação na Expozebu, em Uberaba (MG), passando a exportar carne para os Estados Unidos. Sem contar vários animais premiados na ABCZ, dentre eles a vaca Fada (2017).

Os investimentos também são voltados para o aprimoramento genético, agregando valor à comercialização dos animais da raça. No Brasil, importantes criadores de pecuária de corte procuraram melhorar a raça com genética importada de países como Estados Unidos, Argentina, Colômbia e Paraguai.

E os pecuaristas de todo o Espírito Santo terão a oportunidade de conhecer o gado Brahman durante a Exposul Rural, de 10 a 14 de abril, no parque de exposições de Cachoeiro de Itapemirim.

Tecnologia da internet para produzir silo mais nutritivo

O criador de gado Brahman Paulo Machado está sempre de olho em novidades para incrementar a produção. Pela internet, ele conheceu um sistema para produção de silo de milho, sorgo e capim Napier em até 30 dias.

Em uma parte da fazenda, “minhocões” cobertos de lona garantem fermentação anaeróbica do material. O resultado, de acordo com o médico, é o aumento do nível de proteína e carboidrato no composto. “São doze por cento a mais de proteína, contra 7% do silo comum, o de superfície”, afirma Machado.

*Conheça: Dr. Paulo Machado- (28) 99999-5574

Fonte: Safra ES

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