“Boi ladrão” pode consumir o equivalente a cinco animais

A hora do confinamento chegou e é bom saber como apartar os lotes para evitar o “boi ladrão”. Veja na matéria abaixo!

O boi ladrão pode virar um pesadelo para o pecuarista. Animal de genética inferior, ou inadequada para a terminação intensiva, pode consumir mais que os outros e ainda assim não engordar do modo desejável. Você já deve ter passado por isso, então vamos ver como evitar.

O custo com alimentação no confinamento é grande, chegando a 30% do custo, por isso é importante que a nutrição seja realizada de forma balanceada e que todos os animais do lote tenham acesso e estejam ingerindo aquilo que foi projetado para cada um deles. A gestão da rotina no confinamento é muito importante para evitar surpresas no final do período.

É muito comum os erros de apartação dos lotes quando se inicia o confinamento, ou ainda, quando a equipe não está engajada o suficiente para observar e avaliar o que acontece no dia a dia do confinamento. O planejamento e a execução de cada etapa deve ser bem realizado para que o que está no “papel” seja refletido no ganho dos animais.

“O boi ladrão, em determinados sistemas, o animal inferior geneticamente, pode consumir comida no confinamento por cinco animais”, alertou o médico veterinário Matheus Silva Vieira.



Vieira, que é diretor da empresa Pecus, especializada em ultrassonografia de carcaça, lançou dicas ao produtor sobre apartação de lotes para o confinamento de olho na otimização da dieta pra cada perfil de animal. “Se no cenário é possível fazer isso, você consegue reduzir custos porque os animais tem genéticas diferentes e desempenhos diferentes”, explicou.

Se no cenário é possível fazer isso, você consegue reduzir custos porque os animais tem genéticas diferentes e desempenhos diferentes

De acordo com o veterinário, com o conhecimento para projetar o desempenho dos animais, é possível destacar animais de boa genética para deposição de gordura, por exemplo, para que não recebam dieta excessivamente energética para evitar o excesso de gordura, podendo destiná-los a um semi-confinamento, por exemplo.

Um grande exemplo prático disso é uma fazenda que utiliza animais cruzados com Angus e quer realizar a terminação desses animais a pasto, sem suplementação de cocho. Quando você permite ao animal que ele expresse o seu potencial genético, você já inicia o processo com grande tendência a um lucro maior no final do sistema.

Vieira destacou que, com uma programação em mãos das datas projetadas para a terminação da cada lote, o produtor consegue equalizar outras etapas importantes dentro de seus sistema produtivo, como a chegada de um novo lote de reposição. “Isso torna-se uma ferramenta gerencial também, além de ser uma ferramenta tecnológica para melhorar os índices zootécnicos”, exemplificou.

Segundo o veterinário, o custo para o uso da ferramenta é, em média, de três diárias em cocho, e que a vantagem é a antecipação do abate em até 15 dias levando em conta a formulação e utilização da dieta adequada.

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Compre Rural com informações do Giro do Boi

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