Pedido foi feito a enviado para o clima do governo dos Estados Unidos; Criado em 2008, o fundo é majoritariamente sustentado por doações da Noruega e da Alemanha
Em encontro em Brasília com John Kerry, enviado para o clima do governo dos Estados Unidos, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura propôs que a Casa Branca destine US＄ 1 bilhão para o Fundo Amazônia, que está em fase de recomposição e captação de recursos com novos parceiros. Criado em 2008, o fundo é majoritariamente sustentado por doações da Noruega e da Alemanha.
O Fundo Amazônia apoia mais de 100 projetos em parceria com o poder público, terceiro setor e academia. Seus recursos já financiaram aproximadamente 1.700 missões de fiscalização ambiental, segundo o site da iniciativa. O acirramento dessas atividades é vital para evitar a escalada do desmatamento, avalia a cofacilitadora da Coalizão, Renata Piazzon, que participou da reunião com Kerry.
“Os Estados Unidos devem apresentar-se como um ator de peso para a vitalidade do Fundo Amazônia, garantindo um fluxo rápido de recursos para novos projetos e para os que estão com reservas congeladas. Por isso, propomos que destinem US＄ 1 bilhão para o Fundo”, assinala. “O governo norte-americano também pode ajudar o Brasil a pressionar os financiadores de atividades ilegais na floresta amazônica, como o garimpo e o corte de madeira.”
Além de Piazzon, a reunião, realizada na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), contou com integrantes de outras organizações da sociedade civil. A Coalizão Brasil apresentou-se como uma rede que faz interlocução entre ambientalistas e empresas de diversos setores, entre eles o agronegócio. Hoje, o movimento conta com mais de 340 organizações em suas fileiras.
“A Coalizão é uma rede reconhecida internacionalmente e tem um papel estratégico para encontrarmos uma convergência entre o agronegócio e ambientalistas”, destaca Piazzon. “Da mesma forma, também podemos contribuir para a construção de um plano de descarbonização de nossa agricultura, o que é uma prioridade assumida pelo governo federal e uma demanda do mercado internacional.”
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