Embrapa participa da COP 28 em Dubai

A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP 28 , com o lançamento do Mapa do programa de recuperação de áreas degradadas.

Pesquisadores da Embrapa participam da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que acontece de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A presidente Silvia Massruhá, a diretora de Negócios, Ana Euler, o chefe da Assessoria de Relações Internacionais, Marcelo Morandi, e o pesquisador Gustavo Mozzer integram a comitiva oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária. Morandi e Mozzer estão participando da etapa de negociação e chegaram aos Emirados no dia 30/11. O presidente e a diretora integrarão o grupo a partir do dia 6/12.

O Brasil tem no total uma delegação em torno de 1,5 mil participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, participam titulares de pastas como Meio Ambiente e Mudança do Clima, Relações Exteriores, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Saúde, Minas e Energia e Cidades.

De acordo com Marcelo Morandi, a COP 28 é composta por três ambientes: Promoção, onde estão todos os países, instituições internacionais como FAO, IICA, Banco Mundial, e empresas privadas, com um formato de uma grande feira climática, com diversos pavilhões. Neste local, acontecem grandes eventos, como congressos, palestras, assinatura de acordos bilaterais, lançamento de iniciativas. “Uma grande feira externa para a questão climática”, explica Morandi.

No total, deverão ocorrer 120 painéis eleitos pelo governo, sociedade civil e iniciativa privada. A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP 28 , com o lançamento do Mapa do programa de recuperação de áreas degradadas, onde a Embrapa tem participação direta. No Pavilhão Brasil, a Embrapa apresentará suas iniciativas na produção de bioinsumos, tecnologias do Plano ABC, bioeconomia e pastagens e também estará presente em outros painéis temáticos.

O segundo ambiente é o chamado Negociação, onde acontecem as negociações e acordos sobre a Convenção do Clima. São mais de cem itens de agenda, organizados em grandes áreas como Ciência e Tecnologia, Adaptação, Mitigação, Mercado de Carbono, Agricultura, entre outras.

E o terceiro ambiente será o espaço onde serão considerados o balanço da melhoria do Acordo de Paris (2015) no relatório chamado Global Stocktake (GST). Segundo o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil fortalecerá seu compromisso de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. 

“O Brasil, desde a COP 15, em Copenhague, lançou a primeira versão do Plano ABC de agricultura de Baixo Carbono e dentro deste plano a recuperação de pastos degradados era uma das tecnologias para a incorporação de áreas com bom perfil agrícola e pecuário no sistema de produção, permitindo a ampliação de áreas agrícolas sem avanço em áreas de vegetação nativa. Então, já temos experiências em tecnologias de correção do solo, uso de plantas de cobertura, fertilização, integração de sistemas”, afirmou Morandi. Na sua opinião, a COP 28 significará também uma oportunidade para o Brasil apresentar suas tecnologias sustentáveis ​​para a agricultura e despertar o interesse nos países para investir no Brasil. “Precisamos de muito mais recursos para convertermos em cerca de 40 milhões de pastos disponíveis para restauração”, afirma.

Participação da Diretoria-Executiva na COP 28:

A presidente Silvia Massruhá apresentará os seguintes painéis:

  • 12/08: Iniciativa Suelos Vivos de las Américas “Cosechando Carbono: Avançando na Agricultura Sustentável nas Américas – IICA
  • 12/09: Kit de ferramentas de Ação Nacional para Alimentação e Clima do Lançamento
  • 9/12: Desafios e Oportunidades na Amazônia: co-criação científica para regenerar, descarbonizar e remover gases efeito de estufa da atmosfera – Consórcio dos Governadores
  • 12/09: AgriRevolução Sustentável: Cultivando Mudanças Positivas – IICA/Mapa
  • 12/10: Segurança alimentar e agricultura de baixo carbono – Rede ILPF
  • 12/10: A agricultura brasileira como descobertas da transformação dos sistemas agroalimentares da América Latina – Experiências de Sustentabilidade e Inclusão – Mapa/FAO
  • 12/10: Transparência no Agro Brasileiro – CNA
  • 12/11: Plano Nacional de Conservação de Pastagens Degradadas – Mapa
  • 12/11: Plano ABC+ e seu papel na segurança Alimentar – Mapa

A diretora de Negócios, Ana Euler, apresentará os seguintes painéis:

  • 12/06: A reestruturação do Fundo Clima e a descarbonização da economia brasileira – Ministério do Meio Ambiente (MMA)
  • 12/06: Bioeconomia e Circularidade para um futuro Sustentável – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
  • 12/08: Iniciativa Suelos Vivos de las Américas “Cosechando Carbono: Avançando na Agricultura Sustentável nas Américas – IICA
  • 12/09: Kit de ferramentas de Ação Nacional para Alimentação e Clima do Lançamento
  • 12/09: Desbloqueando a inclusão na Natureza e na Bioeconomia – o papel do comércio – International Trade Center
  • 12/09: Construção da Política Nacional de Bioeconomia e sua interface internacional- Ministério do Meio Ambiente
  • 12/09: Desafios e Oportunidades na Amazônia: co-criação científica para regenerar, descarbonizar e remover gases efeito de estufa da atmosfera – Consórcio Amazônia Legal
  • 12/10: Alcançando o equilíbrio – onde e como suprir nossas necessidades de terras até 2030 – McKinsey & Company
  • 12/10: A agricultura brasileira como descobertas da transformação dos sistemas – agroalimentares da América Latina – Experiências de Sustentabilidade e Inclusão – Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
  • 12/10: Para além das Florestas: sistemas alimentares e agrícolas na Amazônia e as soluções climáticas básicas na natureza – Instituto Sociedade, População e Natureza
  • 12/10: Os desafios e oportunidades da sociobioeconomia para o clima e a biodiversidade no Brasil – Inovação, Escala, Inclusão e Conservação – Consórcio Amazônia Legal

Fonte: Embrapa

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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