Com alto volume de animais oriundos do cruzamento entre Nelore x Angus e o consumidor cada vez mais exigente por carnes de qualidade tendência é que frigoríficos só bonifiquem animais castrados
Para receber as bonificações estipuladas pelos programas dos frigoríficos os animais comercializados devem estar de acordo com padrão de raça, idade e acabamento de gordura, todas essas determinações são acordadas com a Associação Brasileira da Raça Angus. Nas tabelas de bonificações da carne Angus, algumas empresas frigorificas já determinam que os animais sejam castrados, exemplo disso é a Unidade 1 de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que só paga a bonificação para animais castrados.
Outra vantagem observada é que as carcaças dos animais castrados apresentam qualidade superior e maior aceitação no mercado do que as dos inteiros
Nesse cenário, o sistema pecuário brasileiro vem sofrendo alterações, com o abate de animais com menor idade, em torno de 30 meses. Em muitos casos, os bovinos têm sido abatidos inteiros, aproveitando o melhor desempenho destes animais. Entretanto, essa prática tem encontrado resistência por parte de alguns frigoríficos que preconizam dentre alguns requisitos, abate de animais castrados.
Demanda, Programa Angus e crescimento da técnica IATF
Progressivamente, a carne Angus foi ganhando destaque entre os criadores gaúchos e logo se estendeu a outros estados, como Paraná e São Paulo, fiel retrato do crescimento da preferência pela raça. No início, o abate de Angus do Mercosul representava apenas 7% do total de animais. Hoje, este índice está na faixa de 23%.
Desde que foi criado, o programa evoluiu e foi ingressando progressivamente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde se concentra o maior número de cabeças de gado do país, com predominância da raça Nelore. O aumento da procura pela raça ocorreu por meio dos cruzamentos industriais.
Com o crescente aumento de produtores inserindo esses animais no mercado, indicamos que o pecuarista estude e trace estratégias para atender esse novo requisito.
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