Identificado casos de raiva bovina, veja onde

Iagro identifica 10 casos de raiva bovina em Mato Grosso do Sul. Situação chama atenção e traz riscos para a pecuária. Confira abaixo!

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), de Mato Grosso do Sul, registrou 9 casos de raiva bovina em Cassilândia e 1 em Paranaíba entre 2020 e este ano, com a morte dos animais. Confira abaixo, as informações completas e o vídeo sobre o caso.

raiva é uma patologia neurotrópica causada pelo vírus do gênero Lyssavirus e da família Rhabdoviridae. É de ocorrência mundial e pode atingir a maioria das espécies de mamíferos, no Brasil, as espécies mais atingidas são bovinas e equinas. É de caráter irreversível com lesão progressiva do Sistema Nervoso Central e morte.

A região dos municípios, na zona Leste do Estado, conhecida por Bolsão, possui características que favorecem a presença de um transmissor da doença.

“É uma região muito montanhosa, muito acidentada, com possíveis abrigos de morcegos hematófagos”, explica o coordenador estadual de controle da raiva, Fábio Shiroma.

O principal transmissor de raiva para os bovinos são os morcegos hematófagos. A transmissão geralmente ocorre por inoculação da saliva dos animais infectados, mas é possível contrair pelo contato com o sangue e saliva em mucosas. O período de incubação do vírus pode chegar a 6 meses.

De maneira geral a raiva bovina possui 3 fases:

  • Fase Prodrômica: Fase pré-clinica, caracterizada por inquietação e desorientação e, em animais selvagens, perda do medo de contato humano.
  • Fase Furiosa: mais comum em carnívoros, além do aumento da agressividade, apresenta hiperexcitabilidade, a necessidade de morder, fugas. É incomum em ruminantes. Faz lesões em córtex cerebral, hipocampo e tálamo.
  • Fase Paralítica: mais comum em ruminantes, manifesta-se quando a doença já está avançada. Os locais afetados são medula espinhal, tronco encefálico e cerebelo.

Os principais sinais clínicos manifestados por bovinos são a forma paralítica: incoordenação motora, insensibilidade ao toque, flacidez ou desvio lateral de cauda, perda do controle anal, salivação excessiva, mugidos sem som, dificuldade em deglutir, agressividade, paralisia flácida de membros e em casos mais avançados o animal não consegue se levantar.

Os sinais não específicos da doença geralmente são: apatia, animal se isola do grupo, opacidade de córnea e dificuldade em defecar. A progressão é sempre para a morte.

Veja mais detalhes na reportagem dos jornalistas Rosa Cabral e Auro Sávio para o Canal do Boi:

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