Parceria Brasil-EUA pode conduzir a acordo de livre comércio

Parceria Brasil-EUA pode conduzir a acordo de livre comércio,afirmou nesta segunda-feira o conselheiro de Segurança dos EUA, Robert C. O’Brien

Um acordo comercial de “alto padrão” entre Brasil e Estados Unidos deve ser anunciado nesta tarde, num sinal positivo para a relação entre os países que pode, futuramente, conduzir a um acordo de livre comércio, afirmou nesta segunda-feira o conselheiro de Segurança dos EUA, Robert C. O’Brien. Ele lidera delegação americana que participa de reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em seguida, o grupo segue para Brasília, onde tem encontros com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

“Acho que vamos ter um ótimo anúncio comercial hoje, algo que vai ser de alto padrão, muito moderno, de vanguarda no ‘front’ comercial”, disse. A expectativa é que haja uma conclusão das negociações em torno de um acordo de facilitação do comércio entre Brasil e EUA, para agilizar trâmites aduaneiros e reduzir custos das empresas.

“Acho que os passos que serão anunciados hoje serão um sinal muito positivo para o futuro, para um acordo de colaboração ainda mais abrangente entre EUA e Brasil e, em última instância, pode levar a um acordo de livre comércio entre os países, mas queremos fazer isso passo a passo”, afirmou O’Brien.

“Queremos ter certeza de que os acordos serão bons para o Brasil e também para os Estados Unidos. Eu acho que teremos um anúncio realmente incrível nesta tarde”, disse ele, mencionando o encontro com os ministros. “Vamos ter algo muito positivo para anunciar que será bem recebido em Brasília e em Washington.”

A formalização do acordo neste ano é importante para o governo brasileiro diante da incerteza sobre a reeleição de Donald Trump. O’Brien destacou a relação entre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e Trump. “Os brasileiros amam os americanos, os americanos amam os brasileiros e é emblemática a relação entre os presidentes Trump e Bolsonaro.”

Para O’Brien, o potencial da relação entre Brasil e EUA “é quase ilimitado”. Ele citou a importância da parceria conforme os países superam a crise global, mencionando recuperações em “V” aqui e na economia americana, mas também para “proteger nossos modos de vida”.

“A razão por estarmos aqui mesmo na reta de final de uma campanha política é porque acreditamos que essa relação é uma aliança de parceria estratégica global entre Brasil e Estados Unidos. É crítico, são países semelhantes, democracias, países que acreditam em livre iniciativa”, afirmou.

— Há poucos dias, representantes do Brasil e dos EUA concluíram, em tempo recorde, negociação de três acordos há muito demandados pelos setores privados em nossos países. Um acordo de facilitação de comércio, um acordo de boas práticas regulatórias e um acordo anticorrupção — disse Bolsonaro.

Ele acrescentou:

— Esse pacote triplo será capaz de reduzir burocracias e trazer ainda mais crescimento ao nosso comércio bilateral, com efeitos benéficos também para o fluxo de investimentos.

O pacote de medidas de facilitação do comércio pode baratear em até 15% os custos com o intercâmbio bilateral, que este ano somou US$ 29,8 bilhões no período de janeiro a agosto.

Economia brasileira respirando

A economia brasileira registrou alta de 2,2% em agosto na comparação com o mês anterior, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (19). Frente ao mesmo mês de 2019, no entanto, o resultado é uma queda de 4,9%.

Segundo a FGV, nos três meses encerrados em agosto, houve uma alta de 4,4% ante os três meses anteriores. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB teve queda de 5,9%.

Com informações do Valor Econômico

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